"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." Paulo Freire chama a atenção para o papel democratizante da educação, que diariamente é desafiado nas salas de aula brasileiras. Os diversos alunos portadores de necessidades especiais muitas vezes não recebem a devida atenção para seu desenvolvimento, por conta de dificuldades enfrentadas por professores e pelas dificuldades impostas pelo próprio sistema educacional. O número de alunos portadores de necessidades especias no sistema comum de educação básica cresceu muito na última década, com um número próximo a 200 mil em 1998, e ultrapassando o número de 600 mil em 2014, de acordo com o último censo escolar. Esse aumento expressivo aponta para uma obrigação ainda maior do sistema educacional brasileiro para com a redução das diferenças e inclusão social, o que coloca mais funções para os professores e educadores, que por vezes não possuem a especialização necessária por falta de investimentos do próprio sistema. Esse cenário da educação especial no Brasil remete à constituição federal de 1988, a qual afirma ser dever do estado prover atendimento especializado aos portadores de deficiência na escola, principalmente na rede regular de ensino. Apesar do cumprimento dessa parte da constituição ser muito importante, o estado tem falhado em cumpri-lo, e as pessoas sofrem com isso, pois a inclusão na vida em sociedade se torna amplamente prejudicada. O brasil necessita de um sistema educacional mais democrático, que reduza as diferenças e inclua os alunos especias na sociedade. O problema enfrentado nas salas de aula poderia ser resolvido com um investimento do estado em "educar" os educadores e professores, ou seja, promover especializações dentro das escolas com vistas a melhorar o atendimento a esses alunos. A inclusão de um ajudante na sala de aula, para ajudar o professor a dar a devida atenção ao aluno especial poderia ser também aplicada, com vistas ao acompanhamento mais eficaz das aulas pelos alunos especiais.