O exemplo do personagem fictício Demolidor, um homem cego, que formado em direito combate o crime como advogado durante o dia e herói a noite nos permite a abertura de um debate quanto a uma questão importante na atualidade. A inclusão do portador de deficiência e a exploração do seu potencial. Seguindo como exemplo, o autor e cientista Stephen Hawking explica suas teorias e estudos através da única maneira que seu corpo ainda lhe permite, o movimento de seu dedo. Portador de uma doença degenerativa que afeta o sistema nervoso, Hawking, foi gradativamente perdendo seus movimentos, colocando em risco sua permanência no meio científico. Como a maioria dos portadores de necessidades especiais (PNEs)o autor de "universo na casca de uma nóz" sofreu com o preconceito e a falta de preparo para a exploração de sua mente brilhante, o que também afeta milhares de brasileiros com um sistema educacional sem a estrutura adequada para a recepção dos mesmos. Apesar da constituição de 1988 tentar garantir o direito a educação para todos, os problemas nos ensinos especiais não se limitam ao acesso as escolas, mas sim, a capacidade fornecida a elas para desenvolver o conhecimento dessas crianças. Somos então, no conceito de Mario Sergio Cortella, medíocres para com nossos PNEs pois nos contentamos com o possível quando podemos fazer o melhor. Porém, assim como Hawking, o sistema educacional brasileiro pode superar as dificuldades com o investimento do governo, visando melhorar as atividades e acompanhamentos, e da mídia através de campanhas para conscientizar que deficiência não é limitação, assim poderemos evitar o erro do modelo francês de limitar nossas mentes espetaculares a uma educação que não incluí profundamente a ciência, a matemática e a história.