Título da redação:

Educação inclusiva no Brasil: uma longa jornada

Proposta: Os desafios da educação especial inclusiva no Brasil

Redação enviada em 18/11/2016

As reflexões a respeito da educação inclusiva no Brasil não são recentes. A LDB – Lei de diretrizes e bases da educação – em meados da década de 1990 já havia exigido dos responsáveis pela educação básica uma atuação mais efetiva no que concerne à inclusão. Estabeleceu-se que os alunos portadores de necessidades especiais deveriam ser matriculados, preferencialmente, em turmas regulares. Coube ao Estado garantir as condições necessárias para a concretização desta norma. Contudo, após aproximadamente 20 anos de vigência da lei, os estabelecimentos públicos de ensino não ofertam de forma eficiente aquilo que lhes foi imposto. Neste período de tempo, ainda que os investimentos em educação tenham atingido altos patamares, as escolas públicas carecem de infraestrutura adequada: instalações físicas precárias, faltam professores, técnicos e profissionais especializados para oferecer ao educando as condições para que a inclusão seja plena. Ademais, na maioria das universidades, a educação inclusiva não faz parte dos currículos dos cursos de licenciatura. Muitas vezes, são oferecidas disciplinas optativas que trazem uma abordagem superficial, que não é suficiente para que o futuro professor desempenhe o papel de protagonista esperado no processo de inclusão. Percebe-se, pois, que muito há de ser feito para que a educação pública no Brasil seja considerada inclusiva. São necessários maiores investimentos na área da educação, a fim de que haja mais profissionais atuando nas salas de aula. Contudo, este resultado vincula-se a uma reformulação dos currículos dos cursos de licenciatura, pois a educação inclusiva deve se fazer presente também nos debates acadêmicos.