Título da redação:

Diferenciar para Igualar

Tema de redação: Os desafios da educação especial inclusiva no Brasil

Redação enviada em 29/10/2016

De acordo com Paulo Freire, a educação é uma ferramenta essencial para transformar a sociedade e promover melhorias. Entretanto, no Brasil, as pessoas portadoras de deficiência são excluídas desse processo, pois a estrutura educacional para indivíduos especiais ainda é pouca e subutilizada. Logo, observa-se a necessidade de o Governo investir mais na formação de profissionais capacitados ao ensino do aluno diferente, bem como criar uma rede de apoio ao mesmo. Antes de mais nada, é preciso perceber que as escolas comuns possuem poucas adaptações ao ensino de pessoas especiais. Apesar de a constituição brasileira de 1988 garantir a todos o acesso à educação, ela não define que os professores sejam previamente preparados para o ensino de alunos que necessitem de metodologias diferentes, nem que a escola tenha recursos para tais metodologias. Além disso, a educação inclusiva requer que cada escola possua um centro de atendimento educacional especializado(AEE), como descrito na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, sancionada em 2015. Consequentemente, somente alguns alunos têm acesso à educação especial. Por outro lado, há indícios de que é possível vencer tais desafios por meio do esporte e da inclusão social de alunos deficientes em classes comuns. Segundo dados divulgados pelo Governo, entre o final da década de 1990 e o início da atual houve um aumento de 93% da inclusão de pessoas diferentes em escolas comuns. Somado a isso, o resultado as Paraolimpíadas Rio 2016 mostra o potencial do esporte como agente de inclusão social, mesmo para aqueles que não tiveram a oportunidade de frequentar a escola. Torna-se evidente, portanto, a necessidade de construir um grupo de apoio aos estudantes deficientes e melhorar a formação dos professores. Nesse sentido, a longo prazo, o Ministério da Educação deve flexibilizar e adequar as práticas pedagógicas vigentes, obrigando as instituições de ensino superior a lecionar disciplinas direcionadas ao ensino de alunos deficientes, seguindo a premissa de que é preciso diferenciar os meios para igualar os direitos. Ademais, o professor não pode estar sozinho, deverá haver uma rede de apoio formada pela família, psicólogo e médico, para viabilizar o processo de inclusão.