Na contemporaneidade, o Brasil vive sob a égide de uma democracia, a qual vem da Constituição promulgada em 1988. A partir desse pressuposto, inscrito em tal conjunto de leis está presente o artigo 6, o qual tem por função garantir, principalmente, a educação a todos os cidadãos. Entretanto, por meio da falta de preparação de profissionais adequados e pela grande quantidade de barreiras arquitetônicas existentes nas escolas os portadores de necessidades especiais, seja esta de qualquer natureza, ficam sem o suporte apropriado. Primeiramente, é válido ressaltar que, segundo o Ator Paulo Autran: "todo preconceito é fruto da burrice, da ignorância, e qualquer atividade cultural contra preconceitos é pertinente". Tal consideração reflete a realidade brasileira nos dias atuais, no quesito de inclusão social. Este é um dos principais desafios encontrados pelos deficientes na sociedade. Nesse sentido, é fato que a escola exerce um papel fundamental no processo de acessibilidade. Talvez não fosse ocioso lembrar que o PNE (Plano Nacional de Educação) estabelecei como modalidade de ensino que perpassa todos os seguimentos da escolarização (da educação infantil ao ensino superior) a nova função da Educação especial, que deve realizar atendimento educacional especializado aos necessitados. Contudo, as barreiras arquitetônicas existentes, como a falta de rampas aos cadeirantes, concomitantemente à falta de profissionalização correta dos professores, não se conclui o projeto. Enfim, para efetivação dos direitos sociais, principalmente, a educação, é fundamental uma política que se oriente pelo princípio da responsabilidade compartilhada pelos atores sociais, como o Estado e a escola. Compete ao Estado a criação de mecanismos que melhorem a infraestrutura das escolas públicas e satisfaçam a população sem qualquer distinção. Para tanto, é imprescindível que todas as estruturas de rampas em banheiros e escadas, de bebedouros e carteiras dos alunos sejam adequadas a um padrão internacional métrico justo. Por fim, é função das Instituições Educacionais prepararem os professores na realização de todas as atividades pertinentes à todos os alunos, seguindo o preceito da Constituição que todos somos iguais e devemos tratar os desiguais na medida em que eles se desigualam. Tal passo pode ser efetivado no ensino de linguagens e códios específicos de comunicação e sinalização, no caso de deficiência visual e auditiva. Nas adaptações do material e do ambiente físico, no caso de deficiência física e outros fatores. Somente assim conseguiremos garantir a total inclusão de todos os alunos na sociedade contemporânea.