Conforme o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade é como um "corpo biológico". Dessa forma, para que se alcance a coesão e harmônia entre as pessoas, com ou sem deficiências, se faz necessário mais que apenas disponibilizar o acesso educacional e sim adequá-lo para todos. No entanto, no Brasil, a falta de aparatos públicos e de qualificação dos professores prejudicam quem necessita de atendimento diferenciado em uma mesma instituição. O crescente aumento de alunos portadores de deficiência não é acompanhada pela infraestrutura educacional, haja vista que nos colégios públicos os materiais didáticos não estão configurados de forma a atender a todos os indivíduos, uma vez que o livro oferecido hoje não supri ao deficiente visual. Nessa perspectiva, os Direitos Universais da Humanidade, lançado em 1948, são infringidos, pois nele afirma-se ser um direito de todos ao ensino de qualidade. Consequentemente, o indivíduo que não pode usufruir plenamente desse benefício, acaba sendo prejudicado permanentemente. Soma-se a isso o despreparo dos docentes, sendo que o mesmo não possui em sua formação acadêmica conteúdos voltados à questão. Logo, quando lhe for apresentado um aluno especial o lecionador terá dificuldade em instruir corretamente por, no caso, não conhecer os método eficazes de instrução ao deficiente. Gerando desconforto ao mestre e seu aprendiz. Em suma, a indisponibilidade de ferramentas e preparo dos profissionais tornam difíceis a aprendizagem do estudante. Portanto, para resolver os problemas supracitados poder-se-ia em parceria com o Ministério da Educação e teóricos da área tornarem parte da emenda curricular do acadêmico de licenciatura, metodologias de ensino e formas de lecionar que visem atender igualmente qualquer pessoa, como língua de sinais e braile. Como também uma maior destinação de verbas para a fabricação dos livros com todo seu conteúdo gravado em um disco e tornar necessário um estoque mínimo de livros em braile. Afinal, como disse Paulo Freire, a educação é a prática da liberdade.