Título da redação:

A Barreira Social

Tema de redação: Os desafios da educação especial inclusiva no Brasil

Redação enviada em 01/11/2016

A Cidade-Estado grega Esparta, famosa por seu poderio militar, tinha como um de seus pilares de sustentação do poder guerreiro a formação escolar baseada no militarismo e nas práticas de batalha. Em conjunto com o ensino brutal, para manter a população em “alto nível”, todos os bebês que apresentavam algum defeito físico ou mental eram mortos logo após o nascimento. Não obstante, a sociedade atual enxerga as pessoas com deficiência e a educação com diferentes olhos, valorizando o ensino focado na construção de cidadãos e a busca pela inclusão social dos deficientes, ainda que esta esteja no início de seu objetivo no Brasil. As pessoas com algum tipo de deficiência, como os portadores de deficiência auditiva, estiveram, historicamente, no Brasil, associados à escolas especiais, em que pessoas especializadas poderiam oferecer um ensino diferenciado de acordo com as necessidades de cada um. A situação atual configura-se de forma diferenciada, em que os avanços na educação, tecnologia e estudos sobre os deficientes tem permitido, ainda que de forma lenta, paralelizar o ensino comum com o especial na mesma sala de aula, o que é uma forte ferramenta de inclusão aos portadores de deficiência, especialmente crianças. O filósofo Émile Durkheim defende que as pessoas são influenciadas por fatos sociais, que são fatores externos ao indivíduo, mas que determinam sua forma de pensar e agir. A educação especial possui, como um de seus inibidores, os preconceitos que ainda existem dentro da sociedade, que atuam como fatos sociais. A ideia de que a pessoa não é capaz de acompanhar o ensino comum, ainda que dentro de algumas adaptações, constitui-se como uma barreira social que precisa ser quebrada no Brasil, para que assim seja possível uma maior expansão do ensino inclusivo. Ao analisar os fatos, torna-se necessária, por conseguinte, a ação do Estado e da sociedade para a correção deste impasse. É função do Ministério da Educação oferecer especializações aos professores da rede pública, para que possam estar capacitados ao ensino de deficientes. É papel do Ministério das Comunicações, através de parcerias público-privadas, divulgar sobre os avanços que os deficientes tem tido nas mais diversas áreas, e de suas capacidades, para quebrar o adesivo social criado pelo preconceito. Por fim, é papel da sociedade, como um todo, incentivar e acolher os deficientes em sua caminhada escolar e social.