O “maio amarelo” é uma campanha criada pela ONU com o propósito de expor o alto índice de mortos e feridos nas estradas. Medidas como essa, apesar de auxiliarem a divulgação desses números, não são suficientes, visto que a quantidade de infrações causadoras de acidentes ainda é alta. Além disso, a perda de um ente querido em decorrência da violência do trânsito pode ocasionar grandes abalos emocionais aos amigos e familiares dessa pessoa. De acordo com pesquisas da OMS (Organização Mundial de Saúde) os acidentes de trânsito são classificados como o segundo maior problema de saúde pública do mundo, abaixo apenas da desnutrição. Outro estudo da OMS estima que, se medidas não forem tomadas, cerca de 1,9 milhões de pessoas morrerão em 2020 por conta de acidentes nas estradas. Esse problema é causado, em grande parte, pelas infrações cometidas por motoristas. Não usar cinto de segurança, dirigir embriagado, utilizar celular durante a condução, exceder o limite de velocidade são alguns dos atos que aumentam a chance de colisões e apresentam riscos para a vida dos condutores, passageiros e pedestres. Em junho de 2015, um acidente de carro ocasionou a morte do cantor Cristiano Araújo e de Allana Moraes, sua namorada. Esse acontecimento comoveu todo o país e chocou os fãs do artista. Destarte, óbitos no trânsito muitas vezes causam grandes abalos emocionais, principalmente às pessoas que conviviam com o acidentado. Ao par disso, vítimas de acidentes nas estradas podem adquirir traumas e sequelas permanentes, tendo, assim, diversos aspectos de suas vidas prejudicados. Medidas são necessárias, portanto, para solucionar o impasse. Para diminuir a ocorrência de infrações e, consequentemente, reduzir o número de acidentes, o Conselho Nacional de Trânsito deve, por meio de alterações no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), formular leis mais rígidas e aumentar o valor das multas. Além disso, o Ministério da Educação deve executar palestras em escolas, ministradas por especialistas de segurança nas estradas, a fim de que as crianças estejam cientes dos perigos do não cumprimento das leis de trânsito. Para mitigar o sofrimento de sobreviventes de acidentes ou de pessoas que perderam seus entes queridos, o Ministério da Saúde deve disponibilizar atendimento psicológico gratuito para esses indivíduos, realizado em hospitais públicos.