Grande parte dos acidentes que compõe o crescente índice da violência no trânsito nas rodovias brasileiras poderiam ser evitados. Contudo, têm-se a falta de fiscalização como fator motivador que, por conseguinte gera motoristas imprudentes que fazem não só o uso do celular enquanto dirigem, mas também, conduzem embriagados, algumas das principais causas desse índice desmotivante. O manuseio do celular ao volante é a questão que mais preocupa, pois já é comprovado cientificamente que é impossível fazer com maestria e concentração mais de duas tarefas ao mesmo tempo e ao dirigir já se fazem as duas que os dois lobos frontais -região do cérebro responsável pelas ações- conseguem realizar, um usado para atenção à estrada e o outro para os movimentos de condução. Ao se adicionar a leitura ou a digitação de mensagens a habilidade de dirigir é descompensada e qualquer incidente que exija reflexo não o terá, assim ocorrendo acidentes. Além disso, outro fator preponderante no agravamento do problema é a quantidade de brasileiros que dirigem alcoolizados. Um bom exemplo disso são as positivas consequências que a Lei Seca trouxe que aumentando a penalização e a fiscalização dessa infração os índices de violência no trânsito causados por motoristas embriagados diminuíram drasticamente. Isso demostra o quão importante é uma fiscalização eficiente. Em suma, é notória a necessidade de mudanças de postura tanto social quanto governamental no tratamento dessa questão. Em primeiro lugar, cabe ao Estado, mais especificamente ao Ministério dos Transportes, ampliar os investimentos na inspeção contratando mais agentes e equipamentos que flagrem e punam as infrações para que dessa forma reprima os motoristas imprudentes. Em segundo lugar, é dever da mídia investir em campanhas de conscientização por meio de propagandas que mostrem de forma impactante e realista as consequências de se infringir as leis de trânsito. Assim, haverá a formação de uma geração de motoristas responsáveis que reconhecem que os acidentes podem, em sua maioria, ser evitados.