Segundo o filósofo David Hume, as pessoas são constantemente guiadas pelo hábito. Assim, ao falar de trânsito, os brasileiros logo o relacionam a acidentes, pois estes são bastante comuns no cotidiano. Dessa forma, é importante salientar a negligência humana perante o sistema de trânsito como causa efetiva. A grande variedade de funções que um telefone móvel possui chama a atenção dos condutores de automóveis que, presos nos engarrafamentos, cedem à vontade de manuseá-los. Por consequência dessa imprudência dos condutores, estes perdem a atenção no trânsito e acabam provocando desastres na pista. De acordo com a seguradora DPVAT, 1,3 milhão de acidentes ocorrem por ano por conta do uso de celulares. Este fato pode ser comparado a questão do consumo do álcool no trânsito, o qual só diminuiu com a implementação da lei seca, segundo dados do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo. O desrespeito às leis de trânsito, motivada pela falta de punição severa, consiste a realidade de boa parte dos motoristas brasileiros. Diariamente usam faixas proibidas, como as ciclovias, para o percurso, ou ainda circulam na contramão. Como resultado, acidentes envolvendo outros veículos e até mesmo pedestres, ocorrem sem que haja iniciativas eficazes. Em síntese, o funcionamento do trânsito é negligenciado, causando eventos danosos que podem ser evitados. Para isso, o Ministério do Transporte (MT) deve intensificar a fiscalização do uso de celulares em frente ao volante, punindo com a suspensão temporária da carteira de motorista aqueles que não respeitarem a lei. Ademais, o MT deve providenciar a construção de vias alternativas, principalmente em avenidas bastante movimentadas, visando a diminuição das chances de acidentes. Também é necessária a educação do trânsito nas escolas, sendo implementada pelo Ministério da Educação junto com o MT, através de palestras, visando o conhecimento do funcionamento do trânsito desde cedo.