Ao contrário do que se imagina, os acidentes de trânsito no Brasil não é um problema atual, há décadas que esse incidente vem tomando destaque nos principais noticiários em todo o país, principalmente nas grandes capitais como São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo dados divulgados pela OMS ,em Maio de 2016, o Brasil ocupa o quarto lugar entre os países que mais possui vítimas fatais de acidentes de trânsito, ficando apenas atrás de Belize, República Dominicana e Venezuela. Ingestão de bebidas alcoólicas, uso de entorpecentes, falta de atenção, esses são apenas alguns dos principais motivos que levam os motoristas a cometerem atos infracionais, contribuindo para o aumento significativo no número de vítimas no trânsito. De acordo com o Departamento de trânsito de São Paulo, o número de vítimas fatais aumentou cerca de 20% em relação ao ano anterior, sendo datas comemorativas e feriados prolongados os principais contribuintes para o agravamento da situação. Analisando a legislação atual, nota-se que nos últimos anos houve uma mobilidade significativo dos órgãos públicos para tentar combater os incidentes no volante, um exemplo claro é manutenção do novo código de trânsito brasileiro, sancionada em 2012 pela ex-presidente Dilma Rousseff. O novo código prevê que a quantidade mínima de álcool ou qualquer outra substância que altere a capacidade motora no organismo do indivíduo seja de zero decigramas por litro, além disso , o motorista que for atuado terá suspenso o direito de dirigir por um ano. Entretanto, mesmo após sucessivas manutenções da nova lei, observa-se que os acidentes de trânsito continuam a crescer ano após ano, pois a sensação de impunidade ainda prevalece pelo simples fato de que esse ainda é considerado um crime afiançável. Em suma, pode-se se dizer que já foram dados os primeiros passos para combater os acidentes de trânsito no Brasil com a manutenção da lei seca. Contudo , tona-se necessário a ampliação de investimentos para amenizar os efeitos da embriaguez ao volante. Pensando nisso, o Conselho Nacional de Trânsito poderia junto com o Ministério da Justiça intervir em políticas públicas já sancionadas com o intuito de erradicar a violência no transito, um exemplo seria considerar a embriaguez no volante um crime inafiançável. Além disso, é preciso que as escolas responsáveis pela formação de novos motoristas conscientizem e formem seus alunos, através de palestras e debates , para que possam se tornar condutores conscientes, pois só assim iremos vencer essa triste realidade que assola todo o país.