O transporte rodoviário , símbolo de desenvolvimento durante o período J.K , hoje , representa também uma questão de saúde pública , tendo em vista a quantidade de acidentes que o ocorrem diariamente no trânsito brasileiro. Nesse sentido, é possível afirmar que a imprudência é o principal fator motivador , pois , apesar de todo o alerta midiático, há uma parcela da sociedade que persiste em abusar do álcool e da velocidade , respectivamente , antes e durante o ato de dirigir. No que se refere ao consumo de bebidas associado à direção , sabe-se que o perigo é iminente , sendo a Lei Seca a que prevê coerção para este tipo de conduta . Todavia , tal comportamento e suas consequências ainda fazem-se presentes. Segundo sociólogo Sergio Buarque de Holanda , o povo brasileiro , de maneira geral , tende a valorizar mais a emoção do que a razão em sua forma de agir. Desse ângulo , percebe-se que , principalmente pós-festas , no calor de suas emoções , irracionalmente , pessoas bebem e dirigem ignorando a possibilidade real de provocarem acidentes. Outro fator a ser ressaltado é o excesso de velocidade. A valorização da rapidez e do instantâneo , característica da pós-modernidade , não se limitou aos relacionamentos amorosos com o ``ficar´´ , e nem à alimentação com os ``fast-foods´´ , abrangeu , de igual modo , o comportamento nas vias. O homem pós-moderno tem pressa , esta, no trânsito , é sanada pelo pé no acelerador - mesmo que além do limite- e a aceleração , considerando a segunda lei newtoniana , é determinante em casos de tragédias automobilísticas envolvendo vítimas fatais. Em face do problema , providências têm de ser tomadas . Cabe às empresas de bebidas alcoólicas enfatizar as consequências que o uso irresponsável de seu produto pode causar nas ruas , dando um maior espaço para isso em seus rótulos , que devem conter advertências do Ministério da Saúde a respeito , afim de que a conscientização seja feita até mesmo no momento do consumo. Além disso, o Estado deve agir disponibilizando palestras obrigatórias sobre segurança no transito , por um tempo mínimo de seis meses , para os infratores pegos pela Lei Seca ou pelos radares . Assim , a médio e longo prazo , a sociedade será mais prudente , portanto , segura.