De acordo com a Organização Mundial da Saúde, os acidentes automobilísticos têm uma ocorrência maior nos países de baixa e média renda, grupo no qual se encontra o Brasil. Entre as principais causas citadas podem ser citadas a fiscalização precária e a qualidade inadequada das vias. Portanto, a maior parte dos acidentes são provocados por falhas humanas e não mecânicas, dessa forma, somente o rigor punitivo e a conscientização pode mudar essa realidade hodierna. Durante o governo de Juscelino Kubitschek, na década de 60, houve o grande incentivo de indústrias automobilísticas no país. Com o aumento do número de carros, o modal rodoviário se consolidou de forma rápida e sem a devida fiscalização. Atualmente, a qualidade das vias afeta excessivamente nos acidentes de trânsito com a falta de asfaltamento, buracos, falta de sinalização e iluminação. Isso sugere que as estradas e rodovias necessitam urgentemente de condições aptas para um trânsito seguro. Ainda no que se refere aos dias de hoje, em 2008 foi implementado a "Lei Seca" com o objetivo de atenuar os problemas com a direção sob o efeito do álcool. Se por um lado o número de mortes diminuiu, por outro, esse caso ainda é muito recorrente. Isso se deve a impunidade do sistema judiciário, motoristas não se sentem intimidados pela lei, já que são raramente abordados, e quando são, não há rigor punitivo. Tal fato comprova que um código não vai ter sua total eficiência se não for exigido e fiscalizado. Por conseguinte, com o objetivo de resolução desses problemas, são necessárias novas e eficazes ações. O Governo Federal precisa conscientizar-se e destinar uma maior parte dos investimentos arrecadados de impostos para a infraestrutura de estradas e rodovias. Além disso, de acordo com Paulo Freire, sem a educação tampouco a sociedade muda, portanto, o Ministério da Educação deve exigir que na matriz curricular da disciplina de sociologia seja abordado o tema "trânsito" e ajudar financeiramente na contratação de policiais para ministrar sobre as leis de trânsito em escolas. O sistema legislativo deve zelar pela correta aplicação de suas leis, enrijecer as punições com medidas como apreensão dos veículos e contratar mais profissionais para uma maior ocorrência de blitzs da Lei Seca.