Os meios de transporte, público (ônibus) e particular (carro, motocicletas e correlatos), são de fundamental importância para a movimentação urbana e, principalmente, pendular da população brasileira. No entanto, muitos desses veículos ainda são conduzidos por pessoas sem a proficiência adequada e, o mais repugnante é, que esta falta de perícia está, também, ainda atrelada à aquisição, de forma ilegal, da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Fatos como este, somado a outros como: embriaguez, excesso de velocidade e a distração causada pelo uso do celular, têm contribuído para o aumento de acidentes de trânsito no Brasil. O indivíduo que obtém a CNH de forma ilegal, além de contribuir para o aumento da corrupção no país, está “assinando um atestado de homicida do transito”, pois, se ele não teve capacidade para passar no teste de aquisição, como ele saberá se portar na condução do veículo? Dessa forma, esses “pagantes de propina”, em conjunto com grande parte da população, “refém” dos aplicativos de mensagens, os quais são fatores de distração dos motoristas, corroboram para a “manutenção” da colocação do Brasil entre os quatro países com maior incidência de vítimas fatais, decorrente de acidentes de trânsito em 2013, segundo um levantamento do Instituto Avante Brasil. Muitos jovens da alta classe média brasileira, geralmente abaixo dos 30 anos de idade, praticam de forma recorrente algumas das infrações mais perigosas para quem está ao volante: embriaguez e alta velocidade. Não é por acaso que os seguros de veículos no Brasil tem seus preços majorados quando o principal condutor é do sexo masculino com idade entre 18 e 25 anos. As seguradoras, em suas análises de risco, se apoiam em pesquisas, como uma realizada recentemente pelo Observatório Nacional de Segurança Viária, segundo a qual, 28% das vítimas fatais em acidentes de transito tem a faixa etária mencionada acima. Percebe-se portanto, que os acidentes estão associados às desobediências e à falta de educação no trânsito. Sendo assim, faz-se necessário que o Departamento Nacional de Trânsito (DETRAN), de todas as regiões, além de promover campanhas educativas, reforce as fiscalizações. E, por se tratar de acidentes que facilmente geram vítimas fatais, deve ser criada, por meio do Poder Legislativo, uma lei que coloque, os acidentes de trânsito, relacionados a embriaguez, na categoria de crimes hediondos e inafiançáveis.