Título da redação:

Interligados

Proposta: Obesidade: problema de saúde ou problema social?

Redação enviada em 04/08/2018

A partir do século XVI, o mundo passou por diversas transformações dentre as quais a Revolução Científica destaca-se. Dela surgiram técnicas de produções mais eficientes, vistas até hoje, como o processamento de alimentos. Entretanto, toda essa comodidade fornecida é um dos fatores aos altos índices de obesidade, proporcionando o aumento dos casos de doenças crônicas e disseminação de novas formas de preconceitos em diversos países, incluindo no Brasil. De início, é válido destacar que, segundo a SBN - Sociedade Brasileira de Nefrologia, sete em cada dez obesos possuem hipertensão. Essa doença é uma das principais causadores de infarto e de derrame os quais podem levar à morte ou deixar sequelas que desabilitem o indivíduo. Todo esse contexto reflete no Sistema Único de Saúde brasileiro o qual é sobrecarregado pela exigência de remédios e tratamentos a serem oferecidos aos casos de obesidade que poderiam ser evitados com a prévia educação alimentar e estímulos às práticas de exercícios físicos. Logo, de um problema de saúde individual, a obesidade passa a refletir nas garantias sociais comuns asseguradas pela Constituição. Ademais, estar com sobrepeso, muitas vezes, é motivo de chacota social. É no caso da estudante Dielly Santos, de 15 anos, que essa situação torna-se visível. A garota tirou a própria vida depois das constantes agressões gordofóbicas e do bullying sofridos dentro da escola e nas redes sociais. Tudo isso, reflete na retirada da dignidade e da interação saudável com a sociedade pelo indivíduo. Assim, a obesidade torna a ser representada no âmbito da saúde, nesse caso mental, atingindo toda a cadeia social moderna. Fica claro, portanto, que as revoluções e os avanços tecnológicos trouxeram comodidades e também facilitaram certos obstáculos à humanidade, sendo um deles a obsesidade. Para mudar esse quadro, o Ministério da Educação com o Ministério da Saúde precisam elaborar programas nutricionais nas escolas e universidades por meio de novos cardápios das cantinas, mais saudáveis e variados, e incentivar as práticas de exercícios físicos, a fim de estimular melhores hábitos. Também é necessário que a mídia proporcione programas de cunho social sobre a obesidade atrelada aos preconceitos e aos danos à integridade do indivíduo. Desse modo, a problemática ganhará a dada importância como um complexo conjunto de fatores interligados, sociais e de saúde pública, a serem combatidos com um planejamento dinâmico do Estado brasileiro.