Título da redação:

Gordofobia, uma opressão

Proposta: Obesidade: problema de saúde ou problema social?

Redação enviada em 22/08/2016

Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados em 2013, 51% dos brasileiros estão acima do peso, sendo 17% obesos. A obesidade é o resultado de fatores genéticos e ambientais que pode ter impacto negativo na saúde do indivíduo apresentando propensão a doenças como a diabetes tipo dois. No entanto, muitas pessoas desenvolvem um sentimento de rejeição por ela mais pela questão estética que pelo risco médico, sendo de fato mais que uma doença, é um problema social. Existe uma preocupação exacerbada com a saúde de pessoas obesas. Nota-se isto no momento em que os tabagistas, por exemplo, que mesmo fumando o cigarro que causa 50 tipos de doenças, incluindo cardiovasculares e câncer, e sendo a principal causa de morte evitável no mundo, não são preteridos em empregos como foi o caso de Bruna G. de Arruda que passou no concurso para atuar como professora em Mirassol, interior de São Paulo, mas não passou no exame médico mesmo com todos os doze exames afirmando sua boa saúde por ser obesa. A preocupação se revela máscara do preconceito. Portanto, a obesidade vai além do problema de saúde, já que atinge um dos pilares da sociedade: o padrão estético. Em muitos momentos da história humana a gordura foi sinônimo de fertilidade, conforme mostra a estátua pré-histórica Vênus de Willendorf. Até hoje em algumas culturas ser gordo significa alto status social. No ocidente, em contrapartida, a partir da década de 90 o culto ao corpo magro se intensificou e aos obesos os estigmas de preguiçosos e desleixados se enraizaram ainda mais. Não se pode deduzir o estilo de vida ou saúde de uma pessoa baseando-se somente em seu corpo. Logo, com a obesidade vem a opressão chamada gordofobia, que segue quem a tem desde a infância, acarretando em futuras depressões, distúrbios alimentares e outros transtornos. Para uma melhor qualidade de vida aos obesos, o assunto deve ser discutido nas escolas juntamente com os debates sobre bullying, para que as crianças desde cedo questionem os padrões. Nas mídias devem-se incluir cada vez mais tipos de corpos, para que todas as belezas sejam celebradas.