No início da Revolução Industrial, com a massificação de produtos industrializados e artificiais, houve grande aumento de peso entre as classes econômicas mais altas, pois, estas detinham maior poder aquisitivo. Todavia, com a disseminação dos males dos produtos fabris, essas camadas procuraram melhorar seus hábitos alimentícios. Logo, os alimentos processados tornaram-se mais baratos, portanto, acessíveis as classes mais baixas e suas rotinas. Além disso, a atual ditadura da beleza é outro fator que estigmatiza pessoas acima do peso. Tem-se assim um problema nutricional e social: A obesidade. 52% da população brasileira é formada por obesos. Isto se deve a crescente oferta de comidas rápidas, baratas e saborosas que satisfazem instantaneamente as pessoas. Ademais são mais acessíveis que frutas e legumes, logo, se encaixam no corrido cotidiano da grande maioria da população baixa renda, que também não dispõe de muito tempo para preparar algo mais saudável. Além disso, o grande marketing promovido em outdoors e comerciais de tv são extremamente sedutores, não só pelo preço, mas também pela apresentação dos lanches e suas recompensas. Sendo assim, as pessoas são estimuladas a consumir produtos com alta concentração de conservantes, corantes, açúcar e sódio, que consequentemente levam a problemas graves de saúde e por conseguinte a pandemia da obesidade. Dessa maneira, estima-se que em 15 anos o Brasil ocupará a primeira posição no ranking de maior população obesa do mundo, superando os EUA, líder no momento, Outrossim, é o distorcido conceito sobre pessoas acima do peso. Analogamente na Idade Média, onde corpos gordinhos eram altamente exaltados e endeusados, desde a década de 50 até hoje vem perdurando o culto ao corpo perfeito e a imposição da magreza. Por tudo isso, pessoas gordas sofrem preconceito, exclusão social e crianças aturam bulliying nos colégios. A aparência física, já é critério para vagas de empregos e círculo de amizades, pois, perdura o esteriótipo de preguiçosos, desleixados, sem auto controle etc. Consequentemente, a gordofobia desenvolve muitas das vezes doenças psicológicas, principalmente depressão e ansiedade. Obviamente, a saúde não deve ser banalizada, porém a questão da obesidade não deve ser rótulo para hostilidade e discriminação. Portanto, é necessária uma ação conjunta por parte do governo e da sociedade. Prefeitos e vereadores devem implantar nas escolas públicas políticas para cultivo de hábitos alimentares saudáveis, bem como a distribuição de frutas e refeições equilibradas. Além disso, suspender propagandas de comidas em vias de publicidades direcionadas a crianças. Ademais, projetos para reduzir a estratificação social a fim de que todos possam ter acesso a boa alimentação. Por fim, a sociedade deve disseminar o respeito e a inclusão de qualquer pessoa, seja por palestras ou campanhas. dessa maneira, o Brasil poderá ser um país de todos.