O programa humorístico, Viva o Gordo, estreado nos anos 80 na TV brasileira, já refletia o olhar preconceituoso da sociedade ao assimilar pessoas acima do peso à situações engraçadas. Todavia, decorridos mais de trinta anos, os chamados ´´gordinhos`` não só sofrem com o preconceito mas também com a falta de acesso à alimentos saudáveis. Tal problemática merece zelo, pois afeta a qualidade de vida da população. Embora a Constituição Federal de 1988 garanta aos cidadãos o direito a uma boa alimentação, parece que isso não está acontecendo, pois muitos brasileiros estão se queixando dos altos custos dos alimentos. Como exemplo, pode-se citar o estudo feito na Universidade Federal de Santa Catarina, que afirma que 85% dos pais entrevistados em escolas públicas consideram caro o preço de frutas e hortaliças. Como consequência disso as famílias optam por produtos industrializados e de baixa qualidade nutricional. Além disso, indivíduos com obesidade desde a infância pode chegar a fase adulta com sérios danos a saúde, como diabetes por exemplo. Ademais, as consequências do Bullying, que favorece o isolamento e dificulta a importante socialização do jovem, contribuindo com a piora da sua qualidade de vida. Outro fator preocupante é a questão da discriminação dos indivíduos acima do peso, o chamado gordofobia. A ilustrar, pode-se citar a entrevista do apresentador de TV Roberto Justus, que afirma que não contrataria uma pessoa obesa à uma vaga de emprego, pois isso seria um indício de incapacidade. Conforme dizia Einstein, é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito. Em suma, a obesidade é uma questão que envolve tanto problemas de saúde como sociais. A fim de que essa caótica questão seja minimizada ou elucidada, torna-se necessário melhorias na alimentação e a conscientização da população. Para que isso ocorra, torna-se imperativo que o Estado imponha limites de preço para a população carente de frutas e legumes, que a Escola em parceria com a Família promovam além de refeições mais nutritivas, atividades físicas para os seus alunos. Outrossim, a mídia, por meio de debates e reportagens, deve incentivar a população ao combate da gordofobia. Só assim, conseguiremos êxito