O romantismo exacerbado de muitos poetas do século XIX está ultrapassado: a obesidade agora é o novo mal do século.O sobrepeso, altamente relacionado a diversas doenças cardiovasculares, tem origens sociais e é um problema de saúde a ser enfrentado pela sociedade. A pessoa obesa é vítima de sua fisionomia e ambiente social. Foi demonstrado, por um estudo estatístico da Universidade de Nottingham, que pais com sobrepeso, apesar de não terem nenhuma predisposição genética para o excesso de gordura, tem muito mais chances de ter filhos obesos que pessoas com peso controlado. Essa discrepância se deve principalmente ao fato de que parentes, com pouca ou nenhuma instrução sobre nutrição, criam um ambiente repleto de açucares simples, como a sacarose, e gorduras más, como a trans, que os filhos, inseridos naquele contexto, se tornam escravos dessa alimentação industrializada. Porém, é verdade que nem todas causas de obesidade são relacionadas ao meio em que se vive. Alguns desenvolvem hipotireoidismo. Uma anomalia na quantidade de hormônio T3 plasmático, responsável por regular o metabolismo, altamente atrelada a obesidade. Com isso em mente, é necessário uma conscientização global de que pessoas com obesidade nem sempre são indisciplinadas ou preguiçosas, mas sim são vítimas da sociedade e de seus corpos. A Organização nas Nações Unidas precisa se engajar numa campanha publicitária mundial, que veicule nas grandes mídias, essa verdade sobre a obesidade. Dessa forma, o excesso de gordura será melhor entendido e pessoas com sobrepeso terão mais facilidade para emagrecer, já que com essa campanha, um grande peso psicológico será removido das costas delas.