Título da redação:

Videogames: distúrbio ou hobby?

Proposta: O vício em games como distúrbio mental e suas implicações

Redação enviada em 13/07/2018

Conquistando cada vez mais espaço na vida de pessoas no mundo inteiro, os videogames representam uma forma fácil e barata de lazer. No entanto, um número crescente de adeptos aos videogames vem apresentando distúrbios associados à pratica excessiva desse hobby. Pesquisas recentes apontam que jogar videogame afeta a região do córtex frontal do cérebro, que controla o funcionamento executivo, efeito comparável ao da cocaína e de outras drogas. O aumento recorrente desse problema fez com que em 2018 a OMS (Organização Mundial de Saúde) reconhecesse o vício em vídeo games como um distúrbio mental. Oficialmente o hábito de jogar games regularmente, não é, em si suficiente para a constatação de vício. Sendo considerado distúrbio, portanto, apenas casos em que os jogadores perdem totalmente o controle do tempo em que passam jogando, e dão demasiada importância aos games, os priorizando até mesmo a frente de necessidades fisiológicas, como comer e dormir. Esse distúrbio que atinge principalmente crianças e adolescentes pode em casos extremos até mesmo levar à morte. Entre os principais malefícios que jogar excessivamente games pode trazer estão o desenvolvimento de transtornos mentais como a depressão e a ansiedade, o déficit em habilidades sociais como a comunicação interpessoal e a dificuldade de autocontrole. Alguns governos têm tentado contornar o problema do distúrbio em videogames por meio de políticas públicas. É o caso da Coreia do Sul, que tentou passar uma lei em 2011 que proibia menores de idade jogarem entre meia-noite e seis horas da manhã. Embora esse tipo de medida proibicionista não seja bem recebida pela opinião pública, ela demonstra preocupação com o aumento dos casos do distúrbio. Tendo em vista a complexidade da problemática, é preciso que o governo federal brasileiro intervenha com soluções que combatam efetivamente o distúrbio de vício em videogames. Dessa forma são indispensáveis campanhas de conscientização do governo federal em parceria com a mídia, para alertar para a gravidade do problema. É necessária também a parceria de pais e mestres no combate ao vício em videogames, já que esse distúrbio atinge principalmente crianças e adolescentes. Essa parceria pode ser criada por intermédio da escola que convida a participação dos pais na educação dos alunos, além de capacitar os professores para lidar com crianças e adolescentes com tais distúrbios. Por último é preciso que o sistema público de saúde tenha médicos e psicólogos especializados para tratar o problema suficientemente para atender as demandas da população. Assim poderemos mudar esse quadro a longo prazo.