É verdade que o avanço tecnológico trouxe consigo inúmeros benefícios para a sociedade, no entanto, é fato também que essa tecnologia fez surgir problemas nunca antes vivenciados na história. Dessa forma, é válida a discussão sobre o constante crescimento de viciados nas plataformas digitais, especificamente no âmbito dos games, seja pela indiferença da população acerca desse assunto, seja pelas implicações danosas dessa doença. Em primeiro lugar, a omissão governamental em consonância com a baixa importância dada das pessoas sobre a problemática é notória. Embora a Organização Mundial da Saúde considere o vício em jogos como distúrbio mental, pouca é a mobilização Federal e social a fim de mudar tal panorama. Conjuntura que se reflete no baixo número de clínicas especializadas e no não oferecimento de ajuda pelo SUS, o que gera a perpetuação no aumento de casos e baixa reabitação dos acometidos. Além disso, a relevância da nocividade dessa patologia é real e presente, dessa forma, gera grande impacto na sociedade. A prática de horas a fio de jogos digitais sem exercícios físicos e, muitas vezes, acompanhada de uma má alimentação, acarreta uma uma série de parafunções corpóreas que comprometem a qualidade de vida a níveis sistêmicos, desse modo, a chance do desenvolvimento de obesidade assim como problemas cardíacos e visuais se tornam maiores. Fica clara, portanto, a urgência de medidas de resolução do impasse. O Governo Federal, como regulador e provedor da sociedade, deve , em parceria ao Ministério da Saúde, criar centros competentes que acolham e ajudem os viciados em jogos, assim como fomentar, em parceria com ONGs, campanhas informativas em ambientes públicos que exponham o perigo do ato de passar várias horas jogando e suas implicações com o propósito de conscientizar a população sobre a gravidade dos distúrbios e como obter amparo. Assim, em médio prazo, essa realidade poderá ser melhorada, garantindo qualidade de vida.