Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O vício em games como distúrbio mental e suas implicações

Redação enviada em 05/07/2018

Em 1972, foi lançado o primeiro console de videogame da história, o Odyssey, criado por Ralph Baer, e, desde então, os videogames passaram por diversas transformações e tornaram-se populares em quase todo o planeta. O problema é que atualmente, no século XXI, uma parte das pessoas que possuem acesso a essa tecnologia tornaram-se viciadas e ainda existe descaso quanto ao problema. É sabido que jogar videogames deixou de ser apenas uma diversão e, para algumas pessoas, esse hábito tornou-se um verdadeiro vício. É o que pode ser visto em alguns países asiáticos, como a Coreia do Sul, que passou a proibir os jogos para menores de 18 anos da meia noite às seis da manhã, e também no Programa de Dependentes do Hospital das Clínicas, que atenderam cerca de 400 pacientes em 11 anos de vigência do programa. Assim, esse problema está presente na sociedade e afeta negativamente a vida do doente, uma vez que ele deixa de realizar atividades essenciais para a vida em prol dos jogos, como estudar, trabalhar, ter vida social na vida real, dormir e até mesmo comer. Ademais, outro problema comum tem sido a indiferença das pessoas em relação ao vício em games. Assim sendo, essa situação fica clara se for observado que, em 2013, o distúrbio ainda não era reconhecido como vício pelo Manual Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais(DSM) e só foi reconhecido como doença em 2018, pela Organização Mundial da Saúde. Logo, é fundamental que essa doença tenha mais atenção da sociedade, tendo em vista que, se ela não for tratada com a devida gravidade, o viciado, por não ter consciência de que está nessa situação, continuará a jogar por longos períodos e poderá desenvolver diversas doenças psicológicas, como baixa autoestima, impulsividade, deficits em habilidades sociais, como de comunicação e manejo de sentimentos desagradáveis, depressão e ansiedade, segundo um estudo publicado na revista Pediatrics. Fica evidente, portanto, que o vício em jogos e a subestimação da doença são comuns na sociedade. Sendo assim, é importante que o Ministério da Saúde, as grandes emissoras de TV e os Digitais Influencers promovam campanhas de conscientização sobre o vício em games, por meio da TV e internet, alertando as pessoas sobre como evitar que a jogatina se torne um vício e orientem-nas a identificar os sinais que alguém dá quando está com o problema, pois essas ações irão ajudar a diminuir a ocorrência da doença. Além disso, é necessário que essa campanha evidencie a gravidade da enfermidade e como ela pode ser ruim para a vida da pessoa. Dessa forma, o vício em jogos de videogame terá uma maior atenção da sociedade.