Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O vício em games como distúrbio mental e suas implicações

Redação enviada em 06/06/2018

Em 1972, foi lançado o primeiro console de videogame da história, o Odyssey, criado por Ralph Baer, e, desde então, os videogames passaram por diversas transformações e tornaram-se populares em quase todo o planeta. O problema é que atualmente, no século XXI, uma parte das pessoas que possuem acesso a essa tecnologia tornaram-se viciadas e ainda existe descaso quanto ao problema. É sabido que jogar videogames deixou de ser apenas uma diversão e, para algumas pessoas, esse hábito tornou-se um verdadeiro vício. É o que pode ser visto em alguns países asiáticos, como a Coreia do Sul, que passou a proibir os jogos para menores de 18 anos da meia noite às seis da manhã, e em dados do Programa de Dependentes do Hospital das Clínicas, que diz ter atendido cerca de 400 pacientes em 11 anos de vigência do programa. Assim, esse problema está presente na sociedade e afeta negativamente a vida do doente, uma vez que ele deixa de realizar atividades essenciais para a vida em prol dos jogos, como estudar, trabalhar, ter vida social na vida real, dormir e até mesmo comer. Ademais, outro problema comum tem sido a indiferença das pessoas em relação ao vício em games. Assim sendo, essa situação fica clara se for observado que, em 2013, o distúrbio ainda não era reconhecido como vício pelo Manual Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais(DSM) e só foi reconhecido como doença em 2018, pela Organização Mundial da Saúde. Logo, é notório que a doença não está sendo tratada com a devida atenção, e esse fato é prejudicial aos doentes, tendo em vista que o viciado, por não ter consciência de que está nessa situação, continuará a jogar por longos períodos e poderá desenvolver diversas doenças psicológicas, como baixa autoestima, impulsividade, deficits em habilidades sociais, como de comunicação e manejo de sentimentos desagradáveis, depressão e ansiedade, segundo um estudo publicado na revista Pediatrics. Fica evidente, portanto, que o vício em jogos e a subestimação da doença são comuns na sociedade. Sendo assim, é importante que o Ministério da Saúde, as grandes emissoras de TV e os Digitais Influencers promovam campanhas de conscientização sobre o vício em games, por meio da TV e internet, alertando as pessoas sobre como evitar que a jogatina se torne um vício e orientem-nas a identificar os sinais que alguém dá quando está com o problema, pois essas ações irão ajudar a diminuir a ocorrência da doença. Além disso, é necessário que essa campanha evidencie a gravidade da enfermidade e como ela pode ser ruim para a vida da pessoa. Dessa forma, o vício em jogos de videogame terá uma maior atenção da sociedade.