Vício é um ato repetitivo que causa prejuízo a quem realiza. Com o advento tecnológico disseminado pelo capitalismo e a globalização, a imersão no ambiente tecnológico é eminente desde a infância. Sobre o excesso do uso de jogos tecnológicos, dois aspectos fazem-se relevantes: a falta de monitoramento dos pais e a omissão do governo para um assunto pertinente a uma parcela da população que não têm maturidade para perceber o malefício do vício. De antemão, é factível ressaltar as relações da contemporaneidade como um impulso do comportamento vicioso das crianças. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, os enfraquecimentos das relações interpessoais são consequência de uma sociedade líquida globalizada. Seguindo o pensamento do sociólogo, em analogia ao vicio dos vídeos games, as relações dos pais para com os filhos com o objetivo de educar e orientar sobre os perigos do excesso do meio tecnológico é fundamental, todavia, não ocorre devido ao afastamento das relações familiares na atualidade. Concomitantemente, o Estado negligência na aproximação das crianças e adolescentes expostas à jogos que viciam. Em um mundo capitalista, no qual os interesses financeiros impactam diretamente no comportamento da sociedade, a desregularização da indústria dos jogos eletrônicos corrobora para um estado compulsório de crianças que se viciam facilmente. Prova do malefício dos jogos eletrônicos para uma criança é o caso de Marcelinho, que assassinou seus pais e, segundo as investigações, jogava jogos violentos que poderiam ter impactado no crime. Portanto, é imprescindível que o Governo interfira na limitação da propagação de jogos violentos. Urge, desse modo, uma necessidade de intervenção Governamental com o objetivo de assegurar a saúde mental das crianças expostas à propagandas e a jogos viciosos. Para isso, é necessário que o Governo Federal (Ministério da Educação) desenvolva um programa para as escolas públicas a fim de informar, instruir e ajudar por meio de reuniões com pedagogos e os pais dos alunos. Paralelamente, é dever da escola criar medidas para alertar as crianças e adolescentes através de teatros, conversas ou qualquer entretenimento que vise ensinar os alunos do problema do vício dos vídeo games.