É incontrovertível que o Brasil é um país consumista. Haja vista que o cenário Pós-Guerra Fria é marcado pela ascensão da Globalização, que, por sua vez propiciou inúmeros avanços para o meio tecnológico. Em decorrência disso, o uso exagerado de eletrônicos, em pleno século XXI, tem aumentado paulatinamente. Desse modo, há desafios que necessitam ser vencidos no que concerne ao distúrbio mental do vício em games, seja pela ausência da efetivação da lei , seja pela inexistência do vínculo familiar. Conforme Aristóteles, a ética é adquirida por intermédio da aprendizagem. Nessa conjectura, a Constituição Federal prevê o direito à educação como fundamental para o desenvolvimento do indivíduo, porém, esse direito constitucional não está sendo efetivado devido à ausência de interação da tecnologia educacional nas aulas para conciliar crianças e adolescentes sobre o uso adequado dos meios tecnológicos. Além disso , fatores como o bullying e o preconceito ocasiona distúrbios mentais como o vício em games , depressão e ansiedade. Em consequência disso o desinteresse pelos estudos e transtornos como déficit de atenção com hiperatividade(TDAH) é recorrente pelo fato da compulsividade pelo jogo eletrônico. Outrossim, é válido enfatizar que segundo Lévi-Strauss , é impossível pensar em família sem a noção de troca e reciprocidade. De modo análogo, é perceptível inferir que a falta do acompanhamento dos pais contribui para comportamentos inadequados como o vício em games devido à ausência de diálogo por partes do pais o qual gera um sentimento de liberdade por parte dos filhos. Destarte, para combater o vício em games e suas implicações, é necessária a intervenção estatal e civil. Portanto, o Ministério da Educação em parceria com a Secretária de Saúde, deveria implementar aos livros didáticos de biologia e química assuntos sobre o uso inadequado dos meios tecnológicos, causas e consequências com o fito de desenvolver em crianças e adolescentes o pensamento crítico e relação o vício em games e propiciar aulas construtivas e interativas. Ademais, urge que a família acompanhe e dialogue com os filhos sobre temas que aborde vários temas sociais como a compulsividade em jogos eletrônicos com o objetivo de propiciar um comportamento adequado em relação aos meios tecnológicos.