A Era Pós-Moderna, inciada em 1989, trouxe o avanço no consumo das tecnologias, esse avanço modificou as relações humanas, bem como, configurou uma relação fetichizada com os objetos tecnológicos, dentre eles os games. Esses jogos virtuais, apesar de, em alguns casos, estimularem o raciocínio e a lógica, também desencadeiam, em muitos jovens e adultos, uma conduta exagerada no uso desses, gerando uma problemática de saúde pública e ordem social. O consumo exacerbado de games provoca o isolamento social e problemas em criar relacionamentos sólidos, principalmente, quando um suposto vício é iniciado deste a fase infantil. A Modernidade Líquida, definida por Bauman, intensifica a dissolução das principais instituições- Família, Igreja, Escola- colocando o jogo com um papel formador de pensamentos e opiniões, que dificulta o amadurecimento e a construção de responsabilidade em muitos jovens. Em consonância com esse problema em ordem social, há um despreparo de muitas famílias em propor limites ou, até mesmo, em reconhecer que os filhos estão enfrentando um distúrbio mental relacionado ao vício de games. Essa situação dificulta ainda mais um possível tratamento e impulsiona na vida desses o aumento da discriminação, haja visto que doenças relacionadas a este tipo de vício não são reconhecidos pela maioria da população. O vício em games, portanto, precisa ser debatido entre os jovens e suas respectivas famílias, para isso é necessário que o Ministério da Educação com o Ministério da Saúde criem palestras e estimulem campanhas nas escolas para desconstruir opiniões advindas do senso comum. O apoio de psicólogos no âmbito escolar é importante para auxiliar e a propor a todos os jovens e crianças a importância do equilibro no manuseio das tecnologias.