Título da redação:

Game zone

Proposta: O vício em games como distúrbio mental e suas implicações

Redação enviada em 05/09/2018

Durante três dias, o sul coreano Lee maratonou um jogo de videogame, parando apenas para cochilar e ir ao banheiro, situação que, ao final de 50 horas, levou à uma parada cardíaca ocasionada pela exaustão e à morte do jovem de 25 anos. Essa notícia veiculada pela coreia do sul, trouxe a tona um assunto que, como consequência do desenvolvimento dos meios tecnológicos, vem tornando-se cada vez mais presente na vida do jovens: o vício em games. Esse, é um distúrbio mental e sem o devido tratamento, pode representar riscos à vida do doente e das pessoas ao seu redor. Em primeira instância, o vício em games é considerado um distúrbio mental. Para legitimar essa afirmação, é necessário entender que entre os sintomas determinados pela OMS como indicadores do vício estão o descontrole temporal de sessões de jogos, a prioridade dada à passar horas jogando e a desrregulação no relacionamento com as pessoas ao seu redor. Portanto, considerando que Casa de Saúde de Santa Catarina classifica como doença mental toda anormalidade de ordem psicológica e mental nos indivíuos, prejudicando seus relacionamentos com as pessoas ao seu redor, esses sintomas encaixam-se nesses requisitos e, assim, o vício em games pode ser considerado um distúrbio mental. Ademais, o distúrbio ocasionado por esse vício possui diversas implicações à saúde dos que o apresentam. Para confirmar esse fator pode-se citar a formação de bolhas e queimaduras nos dedões, ocoorrência conhecida com dedão de playstation e até mesmo a eplepsia. O maior exemplo dessa sequela ocorrreu em 1997, quando, de acordo com o site noticiário do nordeste, das crianças japonesas que ficaram expostas à um jogo do pokemón, 685 sofrem convulsões, por mostrarem sensibilidade a estímulos luminosos. Todavia as consequências do vício em games vai além da área da saúde física e atinge o âmbito social, uma vez que o jogador, cada vez mais obcecado pelos jogos, passa a agir como se fosse parte deles, perdendo a noção da realidade e representando riscos às pessoas ao seu redor. Pode-se citar o caso de um jovem, em 1999, que viciado em jogos de tiro, recriou uma cena do game, invadindo o cinema do Shopping Morumbi e matando várias pessoas. Dessarte, o vício em games representa um risco à vida do inidivíduo que o possui e das pessoas ao seu redor, sendo considerado um distúrbio mental. Diante disso, é necessário que os orgãos formadores de opinião veiculem uma campanha que informe sobre os sintomas do vício, conscientizando os pais através de relatos de pessoas que conseguiram superá-lo com tratamento, sobre a necessidade de controlar e vigiar o tempo e tipo de games aos quais seus filhos estão submetidos. Assim, as pessoas passarão a dar a atenção necessária para essa doença e os jovens serão tratados desde cedo, impedindo que tragédias relacionadas a games ocorram novamente no futuro.