O desenvolvimento da tecnologia promoveu a virtualização de diversos traços da sociedade, a substituição das brincadeiras reais por games é um exemplo disso. Nesse contexto, a definição feita pela OMS (Organização Mundial da Saúde) do vício em jogos como distúrbio mental constitui um avanço na área da saúde psíquica e no campo do desenvolvimento profissional da população brasileira. Diante disso, é importante a adequação dos pais e dos espaços acadêmicos a esse novo conceito. Em primeiro plano, os jogos virtuais, quando em excesso, diminuem as relações sociais na vida real. Nesse sentido, segundo Émile Durkheim, na obra “O Suicídio”, problemas psicológicos, como depressão e ansiedade, estão intimamente relacionados com o distanciamento do indivíduo para com a sociedade. Visto isso, a promoção dos vício em games como distúrbio pode contribuir para diminuição dessas mazelas psíquicas mais graves. Além disso, os games, quando utilizados por tempo demasiado, constituem um inimigo da produtividade, seja na educação ou no trabalho. Como exemplo disso, é o caso de muitos adolescentes, que por impulsão em jogar, não estudam um número de horas suficiente para passar nos exames escolares. Posto isso, a decisão da OMS quanto ao vício em games amenta a clareza dos pais e da população de que esse é um problema a ser combatido. Diante dessa perspectiva, é relevante que os genitores instalem nos dispositivos de seus filhos plataformas de controle dos pais, na qual eles, os responsáveis, definirão a quantidade de tempo que o menor poderá permanecer nos jogos, com base nos limites previstos pela OMS. Assim, diminui-se as chances desses jovens se viciarem em games. Outrossim, é importante que as faculdades de áreas da saúde, como medicina e psicologia, promovam a formação desses profissionais em como lidar e diagnosticar os casos de vício em games. Dessa forma, os jogos deixarão de ser um problema no aspecto psíquico e profissional da sociedade brasileira.