A indústria de games tem crescido bastante nos últimos anos e atingido públicos cada vez maiores. Porém, o vício em jogos digitais tem preocupado pais, educadores e especialistas em todo o mundo. Os mesmos, as vezes, de forma precipitada e preconceituosa consideram a prática de jogar um destúrbio mental, desconsiderando outros problemas anteriores a este. Recentemente, na Flórida, ocorreu um massacre em uma das escolas, onde um jovem matou à tiros seus colegas de classe. Logo, o caso em questão foi associado ao vício em jogos por parte do garoto. Porém, na verdade, ele sofria uma série de transtornos mentais que não podem, e não devem, ser associados aos jogos. Sendo assim, o vício em games é apenas um problema secundário, não o principal. Os games são vistos de forma negativa por grande parte das pessoas, especialmente pais e educadores que ignoram sua utilidade educativa. Porém, quando usados de forma correta, são ótimas ferramentas de ensino. Por exemplo, no auxílio a crianças e adolescentes com défict de atenção que por meio de jogos de estratégia e raciocínio podem aumentar a sua concentração. Desse modo, a prática não devia ser considerada um destúrbio mental, uma vez que, isso causaria ainda mais estigmas, inibindo tantas possibilidades da aplicação de jogos como uma atividade benéfica ao jovem. Dessa forma, deveria haver um maior acompanhamento por parte dos pais e educadores a essas crianças e adolescentes, afim de identificar reais destúrbios mentais, e trata-los de forma adequada, com o auxílio de especialistas. Pois, apenas adicionar mais um diagnóstico no CID não resolve o verdadeiro problema desses jovens, é apenas um sintoma de uma juventude que está adoecida e não pode ser negligenceada.