Título da redação:

Aceitando a modernidade.

Tema de redação: O vício em games como distúrbio mental e suas implicações

Redação enviada em 26/10/2018

O desenvolvimento da tecnologia trouxe inúmeros benefícios para a humanidade, que vão desde praticidade na vida cotidiana, até novas formas de lazer. Nesse sentido, o surgimento e o sucesso dos videogames possibilitou uma aproximação entre o mundo digital perfeito e o real imperfeito. Assim, pessoas constantemente encontram consolo para as frustrações pessoais nesses recursos tecnológicos. Contudo, a procura desenfreada por eles e a consequente anulação dos indivíduos pode ser classificada como um transtorno psíquico. Dessa forma, por ser um problema novo na sociedade, cabe ao Governo o papel de primeiro agente atuante nesse tipo de vício. Outrossim, segundo o sociólogo Max Weber, o processo de modernização carrega consigo um desencantamento do mundo. Tal ideário aplica-se à problemática, uma vez que a grande circulação de notícias ruins e o excesso de informações duvidosas geram desgaste mental e incentivam fugas da realidade. Dessa maneira, é preciso que os casos diagnosticados obtenham acompanhamento correto por parte dos agentes de saúde, garantindo a validade dessa constatação. Isso deve ocorrer para que não haja confusão entre o simples lazer e o escapismo dos problemas diários. É evidente, também, que esse tipo de comportamento foge à ordem social, pois faz com que as pessoas viciadas abstenham-se do convívio com outros seres humanos. Além disso, existem agravantes relacionados ao sedentarismo extremo e à lesão por esforço repetitivo, já que a maioria dos jogos não requer movimentação física. Nesse sentido, o sociólogo Émile Durkheim, defende que fatos sociais moldam as atitudes dos homens. Assim, a preferência antissocial deve ser devidamente analisada, partindo da investigação da vida pessoal de cada um que apresenta essa condição. Fica claro, portanto, que o vício em games é um distúrbio novo e precisa ser analisado sob aspectos psicológicos e sociais. Dessa forma, cabe ao Ministério da Saúde o papel de expor e fiscalizar o problema nos hospitais e clínicas, com o envio de profissionais da saúde qualificados, seguindo os parâmetros da OMS, para a elucidação de psicólogos, psiquiatras e demais agentes sanitários, a fim de diagnosticar corretamente as pessoas. Aos principais hospitais públicos e privados, cabe o papel de atuar junto ao Ministério da Saúde para definir tratamentos de sociabilidade, como grupos de apoio e internamentos - no caso de pessoas que tenham problemas de saúde relacionados ao transtorno. Essa medida promoveria uma cura eficaz, diminuindo a desesperança preconizada por Weber.