Título da redação:

Um futuro com mais Antônios e menos Marias.

Proposta: O uso de celular em sala de aula: ferramenta de aprendizagem ou distração?

Redação enviada em 24/08/2017

Maria é uma menina que adora mexer no celular. Acorda já com o brinquedo na mão, vai para a aula e não para de teclar e dorme com a tela sendo a última coisa vista do mundo. Antônio gosta do celular, mas não usa na sala de aula - só se autorizado pelo professor para pesquisas. Ele é naturalmente bilíngue. Ela não. Ele escreve em português e em "internetês". Ela apenas escreve direito o último. O uso de celular na sala de aula é um evento inevitável e não há motivos para adiá-lo. Por isso devemos ensinar nossas crianças a hora adequada de pegar a tecnologia e como usá-la em seu favor, melhorando o aprendizado e não o atrapalhando. A desculpa de muitos adolescentes de que são multitarefas não cola mais. Pesquisas já mostram que ao tentar se concentrar em duas coisas ao mesmo tempo, uma delas fica em segundo plano. Nesse caso, a aula. Assim o aluno tem sua presença física no colégio, mas sai sabendo a mesma quantidade de coisas que quando entrou. O celular é uma fonte muito ampla de conhecimento e pesquisa e dela podemos, ou melhor, devemos aproveitar. Para que a tecnologia não compita com o professor durante as salas de aula, muitos educadores já passaram a se aliar com o aquele que seria seu maior inimigo. Eles, ao invés de proibirem seu uso, incentivam dentro da sala para fazer pesquisas em horários pré-definidos e muitas vezes, criam grupos em redes sociais para sanar dúvidas que não foram possíveis, incentivar o debate e dar uma chance àqueles alunos mais tímidos de se pronunciarem. A criação da lei que proíbe o uso do celular - sem fins educacionais - em escolas públicas do país foi uma grande conquista. Ela escancara a necessidade de educação tecnológica a população e não veda a utilização do equipamento para tornar a educação melhor e mais didática. Mas não podemos esperar que apenas essa ação da Câmara Legislativa faça milagres. O poder público deve promover palestras semestrais à pais e professores sobre tecnologias da informação e como devemos nos comportar diante dela sendo um mecanismo de educação, para que tenhamos pais mais conscientes do papel da tecnologia no mundo globalizado e que professores aprendam como inserir esses equipamentos no dia-a-dia escolar, tornando o ambiente de aprendizado mais interessante ao aluno. Os alunos, em todas as aulas, devem ser orientados a guardar os celulares quando solicitado e quando não for ser utilizado no intuito de pesquisa. Além disso, para que haja melhor compreensão, após férias e nos inícios de ano, os alunos devem receber orientações dos coordenadores da escola sobre o uso do celular e como ele afeta a aprendizagem. Assim teremos crianças mais atentas nas salas de aula e um possível aumento nas notas, criando mais Antônios numa geração cada vez com mais Marias.