“Imaginemos uma caverna separada o mundo externo por um muro alto. ” Assim Platão iniciou o Mito da Caverna, e a realidade descrita por ele se reflete nas escolas atualmente. Os alunos se fecham para a realidade escolar usando seus celulares como cavernas para se esconderem, tornando-se prisioneiros da sociedade tecnológica opressora, graças à crescente globalização e a perda das relações sociais. De fato, a globalização cria e vende necessidades. Com o advento da indústria e a chegada da obsolescência programada, alguns produtos tornaram-se parte da vida das pessoas, como é o caso do celular, que dentro da sala de aula virou uma necessidade maior que a própria educação. O professor disputa atenção com um aparelho que, na maioria das vezes, transmite informações desnecessárias e fora de hora. A tecnologia parece ter aprendido a como manipular os estudantes e a educação ao mesmo tempo. Além disso as relações na sala de aula foram substituídas por relações virtuais. Os estudantes não se comunicam uns com os outros e com o professor para se manterem conectados em redes sociais, e se esquecem que estão na escola para aprender com os outros. Como disse Cecília Meireles, “Não ando perdida, mas desencontrada”, e essa é a realidade dos nossos alunos, desencontrados em meio a tecnologia, afastados da sociedade e precisando de alguém que os encontre. Fica evidente, portanto, que o uso incorreto do celular na sala de aula tira o aluno do foco. Para solucionar esse problema, cabe ao governo, juntamente às escolas, criar medidas punitivas para quem utilizar o celular de mondo incorreto na sala de aula, como dar advertências. Ademais, a mídia deve criar campanhas publicitárias que mostrem o que o uso indevido dos celulares causa de ruim nos alunos, criando cartazes e comerciais atrativos aos estudantes, e que sejam divulgados em todos os meios de comunicação, inclusive na internet, para que alcance todos eles. Dessa forma, conscientizamos os alunos sobre o uso correto da tecnologia e da educação, de modo que se tornem adultos menos alienados, quebrando assim, as correntes que os prendem dentro de suas cavernas.