Em plena aurora do terceiro milênio, a educação pública do Brasil, que já não é das melhores, enfrenta outro problema muito comprometedor: o uso de celulares em sala de aula. À luz de uma análise mais profunda, chega-se a conclusão de que grande parte dos estudantes são os responsáveis pelo seu uso desenfreado, mas também são os mais prejudicados. Desse modo, mudar os caminhos até então trilhados, eis um dos desafios da nação tupiniquim. Dessa forma, fazendo análogo ao mito grego de Eco, em que a ninfa foi condenada a sempre repetir a última palavra ouvida, tornando-se este o seu calvário, os estudantes, invertendo a perspectiva mitológica, caso persista a atual conjuntura receberão o mesmo castigo e, por conseguinte, ficarão privados de pensar independentemente, sendo este o martírio da sociedade futura. Porventura, se esta mazela continuar o país macunaíma terá, mais do que nunca, uma horda de habitantes acostumados apenas a repetir e obedecer, engolfados na teoria sociológica da servidão moderna, sendo esta a responsável pela ideologia de que somos servos do sistema e escravos voluntários. Segundo Émile Durkheim, o indivíduo só poderá agir na medida em que aprender a conhecer o contexto que está inserido. Deste modo, os futuros egressos das escolas brasileiras, visto que estão mal preparados, por culpa do sistema, mas sem tirar o peso das próprias ações como: mexer no celular que é a principal causadora, não estarão capacitados suficientemente para se adaptar ao contexto em que estão inseridos. E, indubitavelmente, se tornarão escravos da teoria supracitada. Portanto, é evidente a necessidade de extinguir esse problema que assola a educação brasileira. Primeiramente, cabe ao MEC mudar a grade curricular escolar, atribuindo-a uma matéria para que os alunos possam pesquisar notícias atuais, os educando deste modo sobre a real utilidade dos aparelhos eletrônicos, associando-os à educação. Em segundo plano, a família deve educá-los para não levar celulares para sala de aula, visto que esta instituição possui grande controle sobre os jovens. Desta maneira, a nação tupiniquim poderá orgulhar-se de possuir poucos membros da servidão moderna.