Para a grande maioria dos alunos estudar é uma atividade chata. A atriz norte americana Natalie Portman é uma acadêmica de destaque, se graduou em uma das mais renomadas universidades, escreveu artigos científicos, porém certa vez disse em uma entrevista que amava aprender, mas odiava estudar. Em meio a essa visão dos estudantes é interessante notar que as novas tecnologias, incluindo os celulares, podem ser usadas como uma interessante ferramenta nas salas de aula para mudar tal realidade. Primeiramente, deve-se se considerar que o modelo de ensino predominante está ultrapassado. Isso porque, a intensidade da era tecnológica necessita de uma experiência mais dinâmica do que a relação automática existente nas salas de aula: professor enquanto difusor de conhecimento e aluno como um ouvinte mecânico que reproduz a informação. Essa relação está desacreditada, uma vez que facilmente o estudante, com apenas um clique, consegue todo o conteúdo necessário, seja por meio de vídeo-aulas ou charges engraçadas. Dessa maneira, assim como o Fordismo por não se adaptar, perdeu a sua importância para o Toyotismo, fica evidente a transferência de funções, com o celular sendo o recurso utilizado por muitos. Entretanto, os aparelhos eletrônicos nem sempre são vistos como fonte de conhecimento, mas sim como uma forma de lazer. Isso acontece, pois, a população ainda não se adaptou ao uso adequado da tecnologia, sobretudo no que diz respeito ao controle do tempo de uso. Em consequência, o ensino fica prejudicado, uma vez que a atenção se direciona para o jogo ou rede social do momento. Nesse viés, muitos criticam o uso desses instrumentos na sala de aula, mas é preciso considerar que como criação do homem, tais mecanismos devem servir a humanidade e não o contrário. Afinal, historicamente, o desenvolvimento de novas técnicas auxiliou a sociedade, a exemplo se tem às técnicas de arado da Idade Média que promoveram o renascimento do comércio e das cidades. Portanto, é necessárias medidas que auxiliem o mundo acadêmico nessa adaptação à era tecnológica. Para tal, o Governo pode realizar parceria com empresas, que tenham fins sociais, para promover uma maior informatização do ambiente estudantil, o que facilitaria o contato do professor e do aluno. Além disso, as escolas precisam trabalhar a relação na sala de aula, promover feiras de tecnologia, em que os próprios estudantes apresentem sugestões para possíveis abordagens do conteúdo na sala de aula. Ademais, os professores devem se inteirar dos assuntos debatidos pelos jovens, como forma de aproximação de suas realidades.