Durante muito tempo o uso de alguns aparelhos tecnológicos em sala de aula foi visto de maneira distorcida. No entanto, hoje já é comprovado que, quando bem administrado, o uso de celulares, de tablets e de computadores pode servir como excelentes auxiliadores na hora do aprendizado. Nesse sentido, é elementar que o professor busque estabelecer um limite entre aquilo que irá facilitar a obtenção de conhecimento e aquilo que o tangenciará. Na dinâmica do século XXI, o termo "conectado" tornou-se uma máxima entre os jovens. Mensagens, fotos e curtidas são elementos que fazem parte desse cenário; mas que, quando levados à sala de aula podem interferir no processo de aprendizado. Contudo, essa interconectividade dos jovens com seus aparelhos pode ser usada em prol de uma nova forma de abordar assuntos e não apenas ficar preso às aulas do professor. Não há dúvidas de que a capacidade de concentração do adolescente é um processo em formação e, portanto, não chegou ao seu máximo. Desse modo, é natural situações em que o uso de celulares em sala de aula, mesmo no intuito de facilitar o aprendizado, fuja a seus propósitos. Mesmo diante desse fato, pesquisas desenvolvidas em universidades norte-americanas comprovam que quando o aluno recebe um correto direcionamento do professor quanto ao uso de aparelhos eletrônicos, seu rendimento cresce em cerca de 40%. Desse modo, percebe-se que a variável que possibilita o correto uso da tecnologia nas aulas é o professor. Afinal, o uso das redes sociais só é mais interessante quando a aula não consegue ser adaptada ao estilo do aluno. Nesse sentido, o processo de readaptação do professor, face a nova realidade de seu público, faz-se necessária. Logo, é fundamental que aluno e professor passem a usar da mesma ferramenta para atingirem o processo da educação cidadã. Nas aulas, o uso de celular deve ser estimulado para fazer pesquisar rápidas e complementares ao que é exposto pelo professor. Ainda nesse caminho, pode-se pensar em usar as Redes Sociais como um aliado na hora de formatar o conhecimento, pois, nelas podem ser criados grupos que fomentem debates e dúvidas, passos essenciais à formação de cidadão críticos. Expor-se a esse cenário é um risco necessário para adaptar-se ao que William Shakespeare diria ser um admirável mundo novo.