A geração de pessoas nascidas após o ano 2.000 encontra-se em uma realidade até então desconhecida: a imersão digital. Por imersão digital refere-se ao fato de a tecnologia estar presente em praticamente todos os âmbitos de suas vidas. A educação e a aprendizagem, consequentemente, são influenciadas pelo advento destas inovações tecnológicas, apresentando fatores positivos e negativos quanto a essas mudanças. Deriva, portanto, o forte questionamento sobre o uso de tecnologias e dispositivos eletrônicos dentro de salas de aulas, e se estes devem ou não ser permitidos para os alunos quando presentes nas escolas. Os celulares e tablets apresentam diversas funcionalidades úteis que podem contribuir para a melhora e aumento da dinâmica do ensino nas escolas. As possibilidades de realizar pesquisas na internet, tirar fotos do quadro negro, gravar a explicação do professor e criar grupos de estudos em redes sociais são apenas algumas das facilidades oferecidas aos alunos pelo uso correto destes aparelhos. Os professores podem utilizar as conexões externas dos celulares para disponibilizar conteúdos on-line para os estudantes, como vídeo-aulas e listas de exercícios, além de encontrar aplicativos úteis para as aulas, como geradores de gráficos matemáticos, que demonstram na prática aos alunos o resultado de suas equações. Em paralelo aos diversos benefícios que a tecnologia traz, a possibilidade de uso incorreto dos aparelhos eletrônicos pelos alunos é o maior desestimulador ao uso destes na sala de aula. Os alunos facilmente podem se distrair em aplicativos de mensagens, como o Whatsapp, ou em redes sociais, como o Facebook, resultando no peso sobre o professor de se sobressair em relação as distrações. O constante aumento no número de alunos que apresentam TDAH, que cresceu 66% desde 2.000 segundo a Universidade de Northwestern, associado as tecnologias, pode resultar num retrocesso no ensino, apesar de todas as possibilidades que a era “High-tech” oferece. Ao analisar os fatos, torna-se necessária, por conseguinte, a ação do Estado e da sociedade para a correção deste impasse. O Ministério da Educação deve proporcionar as escolas a livre possibilidade de decidir sobre o uso de tecnologias na sala de aula, para que estas possam basear suas decisões em sua realidade específica. É papel dos pais aconselhar seus filhos sobre o uso consciente dos celulares na escola, bloqueando aplicativos que não devem ser usados neste período, se necessário. É função de cada escola adaptar-se as tecnologias que surgem e, inevitavelmente, estarão presentes em todas as áreas, através do uso destas para o bem das escolas, como a criação de portais de ensino on-line para os alunos.