A partir da Revolução Industrial do século XVIII, as tecnologias foram sendo aprimoradas de forma extraordinária, de modo a se tornarem o alicerce de toda estrutura econômica e social das sociedades. No século XXI, sua influência na comunicação encurtou as distâncias entre as pessoas e possibilitou o compartilhamento de diferentes conhecimentos e aprendizados através da Internet. Tais tecnologias, muito presentes no dia a dia das pessoas, principalmente nas salas de aula, são objetos de dúvida quanto aos seus benefícios e malefícios. A presença de celulares e aparelhos de música e jogos nas escolas é constante. Os alunos, principalmente os jovens, dividem sua atenção entre o que está sendo ensinado e o que a tecnologia que eles possuem em mãos oferece. As redes sociais são constantemente acessadas por oferecerem um amplo espaço de comunicação e de visualização de imagens, mensagens e vídeos. Segundo a psicopedagoga Maria Teresa Andion, essa divisão da atenção é extremamente prejudicial à concentração. Ativam-se diversas áreas do cérebro ao mesmo tempo, impedindo o total comprometimento com as atividades em questão, podendo provocar estresse e hiperatividade. Visto que a tecnologia está presente nas salas de aula, a alternativa das instituições educacionais, para evitar que o aprendizado fique prejudicado, é incorporá-la ao plano de ensino. A sociedade do século XXI, principalmente sua parcela jovem, é extremamente adonista e imediatista. Prender a atenção desses jovens através das tecnologias usadas por eles próprios pode contribuir para sanar o imediatismo e a divisão do foco da atenção que os jogos, as músicas e as redes sociais oferecem. O uso de celulares para pesquisa direcionada, a exibição de músicas e de filmes confluentes com o conteúdo e até a criação de salas de “chat” acerca da matéria estudada podem ajudar. As tecnologias se tornaram, portanto, uma parcela importante na vida das pessoas. O seu uso em sala de aula pode ser prejudicial quando a atenção do aluno fica dividida entre a matéria e o que o aparelho oferece. É fundamental a regularização do uso desses mecanismos através de regras estipuladas pelas próprias instituições educacionais, inserindo tais ferramentas no plano de ensino, mas com os devidos limites, assegurando seu direcionamento. Uma vez que nem todas as escolas possuem recursos para implantar aparelhos tecnológicos, é essencial a participação dos Governos Federais, Estaduais e Municipais no fornecimento de planos financeiros e investimentos para que isso seja possível.