Foi no ano de 2008, que a atual crise econômica mundial teve o seu estopim, tendo como conseqüência indubitável o aumento do desemprego. Desse modo, o trabalho informal, trivialmente chamado de "bico", surge como alternativa para a sociedade ter uma forma minimamente digna de sobreviver. De acordo com o Ministério do Trabalho, o número de trabalhadores por conta própria cresceu em 7% nos últimos três anos. Essa expansão deve-se a maiúscula crise que assolam diversos países, pois as empresas necessitam fazer cortes orçamentários para se manterem lucrativas, assim, muitos funcionários são despedidos e, consequentemente, o índice do desemprego no país aumenta. Por conseguinte, após inúmeros indivíduos buscarem novos empregos e não obterem sucesso decide recorrer a trabalhos informais com o objetivo de conseguirem ganho financeiro. Entretanto, esse tipo de trabalho laboral possui algumas desvantagens como a inexistência de renda fixa, falta de acesso a créditos e financiamentos e supressão de quaisquer direitos trabalhistas. De forma geral, a informalidade esteve tradicionalmente associada ao que no presente chamamos de precariedade do trabalho. Com isso, a visão do trabalho informal repassa pela idéia de insegurança, inexistência de direitos e instabilidade em relação ao salário. No Brasil, as pessoas estão recorrendo a criatividade para enfrentar os efeitos da crise, caso exemplar é o advogado que vende sanduíche natural na praia; a engenheira é motorista de Uber; a professora faz quentinhas; o pai de família é passeador de cachorros. Assim, há variados exemplos de como a sociedade brasileira tem se virado diante do grande fantasma da falta de estabilidade e renda fixa. Em suma, de fato é imprescindível a importância de incentivar os acréscimos de trabalhadores formais, através da elaboração de concursos públicos municipais, estaduais e federais para o preenchimento de vagas de emprego sendo realizados pelo investimento do Ministério da fazenda. Alem disso, é importante a parceira entre os governos e empresas como SENAI para a abertura de cursos profissionalizantes gratuitos com o objetivo de especializar a mão de obra, principalmente, dos jovens. Enfim, enquanto as carteiras azuis são aposentadas a criatividade e a garra assola o cidadão, tendo que se reinventarem e descobrirem novas profissões.