Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: O trabalho informal como alternativa à crise econômica

Redação enviada em 29/03/2018

Durante o governo de Getúlio Vargas – considerado pai dos pobres e mãe dos ricos – os trabalhadores obtiveram avanços no que tange aos seus direitos a partir da Consolidação das Leis Trabalhistas. Entretanto, em decorrência da atual crise econômica certos indivíduos optam pelo retorno à condição de trabalho informal, o qual apesar de apresentar benefícios, como a autonomia, afeta negativamente a economia e não soluciona o desemprego. Nesse sentido, fatores de ordem econômica e social caracterizam a problemática. Em primeiro plano, à luz de Adam Smith, economista inglês, o Estado deveria ser mínimo, visto que o mercado se autorregulamentava. No século XXI, de forma divergente a essa ideia, as crises financeiras exigem intervenções, uma vez que, nesse cenário, o trabalho informal passa a ser visto por alguns como uma alternativa. Porém, essa opção prejudica ainda mais a economia, já que, nesses casos, os impostos deixam de ser arrecadados pelo governo. Tal necessidade de interferência dessa instituição de poder pode ser ratificada pela crise de 1929, cuja solução encontrada foi o New Deal, plano que propôs participação direta do Estado na economia norte americana. Outrossim, vale ressaltar que essa crise afeta mais profundamente as camadas populares. Essa parte da população, historicamente marginalizada, muitas vezes, passa a recorrer a esse tipo de trabalho em decorrência de um Estado omisso e ineficiente. Contudo, o trabalho informal agrava ainda mais a desigualdade social, visto que além de não solucionar o desemprego e não ser suficiente para promover uma ascensão social, apresenta certas desvantagens: não há uma renda estável ou décimo terceiro. A obra “Quarto de despejo” corrobora esse ponto de vista, uma vez que retrata a história de uma moradora da comunidade, Carolina, a qual possuía três filhos e era catadora de lixo que era trocado por certa quantia em dinheiro, mas vivia assolada pela fome e passava por dificuldades. É notória, portanto, a relevância de fatores de cunho econômico e social na temática supracitada. Nesse viés, cabe ao governo, por intermédio de seus órgãos responsáveis, o papel de promover uma rápida recuperação econômica da nação a fim de evitar danos sociais e financeiros ainda maiores. Tal medida pode ser efetivada por meio de políticas de bem estar-social que realizem maiores investimentos em serviços públicos básicos como educação, saúde e renda, bem como o controle do desemprego e da inflação. Por meio dessa medida, talvez, será possível diminuir as desigualdades e o número de indivíduos que exercem trabalho informal.