Em 1943, foi criado um conjunto de leis que visavam trazer ao povo brasileiro os sentimentos de segurança e qualidade de vida. Contudo, apesar dos esforços empregados pelo então presidente Getúlio Vargas, na criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), percebe-se que o cenário de crise econômica nacional não está conseguindo manter os postos de trabalhos formais aquecidos. Nesse sentido, para que muitos consigam sobreviver, a opção da informalidade laboral torna-se inevitável. Em primeiro lugar, cabe ressaltar que o número de brasileiros saindo das atividades formais e indo para as informais aumenta progressivamente. Comprova-se isso por meio dos dados do IBGE, que diz que um quarto dos trabalhadores no país enquadram-se na categoria autônoma, ou seja, sem vínculo empregatício. Essas pessoas migram para essas atividades com o intuito de obter uma melhor renda, sem ter que pagar tributos ao Governo, ou ainda, pela não exigência de estudo formal, algo que facilita a entrada de muitos. Porém, apesar das aparentes vantagens, esse setor em crescimento gera prejuízos tanto para o indivíduo quanto para o Estado. Sob essa perspectiva, é fundamental salientar que aqueles inclusos nessa fatia demográfica não usufruirão dos benefícios da CLT. Como consequência desse fato, tais trabalhadores não irão possuir auxílio saúde, transporte e refeição, além de não terem salário fixo, tornando-se vulneráveis a qualquer situação imprevista. Dessa forma, vê-se que esse tipo de trabalho é insustentável, inclusive para a nação, pois pelo fato dessas pessoas não pagarem impostos, haverá carência de recursos nos cofres públicos e, por conseguinte, menos investimentos nos setores sociais e públicos. Diante disso, portanto, medidas devem ser tomadas para que o impasse seja resolvido. Cabe, de início, ao Ministério do Trabalho, em parceria com instituições trabalhistas, promover cursos profissionalizantes para essas pessoas, por meio de palestras gratuitas com a presença de autoridades no assunto, a fim de retirá-los da informalidade. Ainda, urge a necessidade do ministro da fazenda, por projeto de lei, diminuir os abusivos tributos obrigatórios, com a intenção de atrair os autônomos para o emprego formal. Assim, o Brasil conseguirá crescer de forma recíproca, ou seja, tanto o cidadão quanto a nação serão beneficiados.