Segundo o filósofo Friederich Nietzche, o ser humano possui uma vontade de poder autotransceder, um impulso de crescer e de se expandir. Entretanto, no Brasil contemporâneo, trabalhadores informais não têm cobertura da legislação para que direitos fundamentais ao seu bem-estar físico, social e psicológico sejam garantidos. Ademais, a burocracia, os obstáculos legais e a ausência de estratégia de desenvolvimento no País, prejudicam o curso da recuperação econômica. A Reforma Trabalhista, empregada a partir de novembro de 2017, permitiu um projeto de redução de custos pelos empresários, além da flexibilização de contratos com o empregado. Não obstante, essa mudança não contemplou um auxílio aos trabalhadores sem carteira assinada, autônomos ou de empresas informais, diretamente. Apesar disso, inúmeros brasileiros ligados à informalidade convivem com a insegurança financeira à medida que têm de pagar alto percentual do seu lucro em impostos ao Governo. Dessa maneira, muitas firmas continuarão informais e, por conseguinte, pouco produtivas. Em virtude da ausência de acesso à educação de qualidade, vários cidadãos têm de conviver com a baixa qualificação profissional, que fortalece a crise estrutural nacional. Assim, sua única alternativa é trabalhar informalmente, sem ter sequer um seguro-desemprego. Todavia, buscar melhorar a qualidade de vida dessas pessoas, com boa remuneração, resultaria em maiores oportunidades de consumo e, dessa maneira, haveria contribuição ao desenvolvimento econômico. Com o fim precípuo de alterar o contexto de trabalho informal vigente, faz-se necessário, portanto, que o Poder Público democratize o acesso a escolas com infraestrutura e equipe multidisciplinar de educação apropriada, desde a tenra infância. Outrossim, concerne ao Estado, investir em tecnologia, em pesquisas e em inovação de técnicas gerenciais, principalmente nas universidades, de modo a mover positivamente a economia, gerando empregos.