Título da redação:

O trabalho informal como alternativa instável

Proposta: O trabalho informal como alternativa à crise econômica

Redação enviada em 21/03/2018

O trabalho no Brasil, em uma perspetiva histórica, sofreu muitas mutações. No final do século XIX com a mecanização do campo, imigração e fim da escravidão, os trabalhadores migraram do campo para as cidades. Posteriormente, a automação das industrias obrigou os trabalhadores a se deslocarem do setor secundário para o setor terciário. Atualmente, o cenário de crise econômica e todos seus desdobramentos têm levado o trabalhador à buscar uma alternativa no mercado informal. É preciso observar que nos últimos anos houve um encolhimento no mercado formal de trabalho com aumento de demissões e redução nas contratações. Por outro lado, o número de trabalhadores informais aumentou. Isso ocorreu em função do cenário de crise econômica e alta taxa de desemprego. Estas, por sua vez, estão associadas aos interesses capitalistas, pois atacam os trabalhadores e suas conquistas para garantir os lucros e privilégios de uma elite econômica. Além disso, a propaganda neoliberal usa o mercado informal para oferecer ao trabalhador uma ilusão de independência e modernidade apresentando-lhe maiores rendimentos, melhor renda e possibilidade de gerir o tempo de trabalho.No entanto, essa alternativa tem-se mostrado instável, já que não garante direitos básicos como férias remuneradas, décimo terceiro salário, fundo de garantia, seguro de vida,renda fixa e estabilidade aos trabalhadores. Ainda que, se apresente como uma possibilidade, a informalidade gera precariedade nas condições de trabalho. Com isso, conclui-se que embora o mercado de trabalho sofra mudanças, estas não podem retirar direitos dos trabalhadores, mas amplia-los. Para isso, é necessário que o governo resolva o problema da crise econômica acertando diretamente com os setores causadores desta, o rentismo. Cabe ao congresso nacional criar um projeto que regule os trabalhos informais, como o Uber, para garantir direitos fundamentais aos trabalhadores. E a sociedade civil precisa se organizar, mobilizar e pressionar os poderes para criação de reformas importantes que garanta o emprego e a estabilidade ao trabalhador. Para que, dessa forma, ocorra justiça social.