Atualmente, devido à evolução histórica dos movimentos sociais e políticos, a representação familiar está longe de ser caracterizada pela união de um homem e uma mulher, através do casamento civil e religioso. Segundo o Novo Código Civil (2003), o conceito de família contemporânea passou a ser baseado mais no afeto do que somente relações de sangue. Apesar das visíveis mudanças, o conservadorismo ainda é latente na sociedade civil. Essa visão engessada do modelo familiar colabora com o crescimento da intolerância. Crianças que têm família fora do "convencional" costumam sofrer preconceito. Um exemplo que comprova isto é a morte de um menino de 14 anos , filho adotivo de um casal homoafetivo, que foi vítima de agressões de vários adolescentes. Além disso, leis recentemente aprovadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que possibilitam a união estável de casais do mesmo sexo e direito de adotar um filho, demonstram como arranjos familiares mudaram por meio de direitos conquistados através de manifestações. Todavia, não é somente por casais do mesmo sexo que os lares são formados, também existem aqueles onde só se tem mães e pais solteiros como chefes de família. Portanto, cabe a justiça punir com maior severidade quem comete atos de preconceito de intolerância. E também é necessário que o governo, aliado a mídia, promova campanhas publicitárias mais intensas sobre novos modelos de família e divulgue a possibilidade de adoção de filhos.