A família é considerada uma instituição responsável por promover a educação dos filhos e influenciar o comportamento dos mesmos na sociedade, pois é no seio familiar que são transmitidos os valores morais e sociais que servirão de base para o processo de socialização da criança. Alguns argumentam que a definição de família deve ser mantida como o de costume, ou seja, uma mulher e um homem legalmente casados e que possuem um ou mais filhos, interferindo assim, na vida dos casais homoafetivos, das mães solteiras que criam os filhos sozinhas, entre outros. Esse pensamento deve-se ao fato de alguns pais temerem que seus filhos possam, digamos, “se contaminar” e tornarem-se o que eles mais temem, um indivíduo atraído por outro do mesmo sexo, fato esse que é visto como um pecado divino, algo desagradável, errado, totalmente fora de ordem. Outros, porém sabem que muitos pais heterossexuais abandonam seus filhos sem pensarem duas vezes, ou os criam com maus-tratos e desvalorizam os sentimentos da criança, em algumas ocasiões transformando assim os indivíduos em agressores, sem valor, sem expectativas, insatisfeitos, e muitas vezes em adultos preconceituosos. Ainda convém lembrar que a criança que muitas vezes os casais heterossexuais largam por algum motivo é a mesma que é adotada por um casal homossexual e que é tratada como alguém especial, valorizada e amada. Dessa forma, é imprescindível que todos se conscientizem de que a família é composta por indivíduos que se preocupam, cuidam, respeitam e valorizam um ao outro, sem exceção de cor, opção sexual ou inteligência. É preciso que a lei esteja do lado de todas as pessoas, e não somente daquelas que não fogem dos padrões, que vejam o bem que os pais homoafetivos trazem e que os heterossexuais algumas vezes recusam-se a tentar fazê-lo.