Título da redação:

Eu escolho a ética .

Tema de redação: Evolução do conceito de família

Redação enviada em 05/08/2017

Segundo a teoria populacional malthusiana, formulada no século XIX, a população iria crescer de maneira que a produção de alimentos não seria suficiente para todos os habitantes do planeta, ocasionando a fome mundial, porém, com o avanço da agricultura, obtendo maior produtividade do campo, e as quedas de natalidade, a teoria mostrou-se falha e equivocada nesses aspectos. Mas no século XXI, com o avanço da população e da globalização, novas formas de arranjos familiares passaram coexistir de forma cotidiana em nossa sociedade,entretanto, apesar de comuns, tais arranjos ainda não são amplamente aceitos pelo povo, devido ao enorme preconceito arraigado na sociedade brasileira. Em primeiro plano, é preciso entender que a grande motivação do preconceito é a dificuldade dos indivíduos em reconhecer modos ''alternativos'' de arranjos familiares, que apesar de diferentes merecem o mesmo respeito que uma família tradicional.O modelo de família tradicional pode ser definido com base no campo teórico de Gilberto Freyre, que descrevia a sociedade como fundamentalmente patriarcal. A família, nesse sentido, seria formada pela mãe, responsável pelos afazeres domésticos, pelo pai, responsável pela sustentação, e pelos filhos. Desse modo, apegando simplesmente a ideia de família tradicional, a mazela social do preconceito perdura e propaga. Além disso, vale ressaltar o papel da ética e da moral nessa temática. Segundo o filósofo brasileiro Paulo Freire, “Se a educação sozinha, não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”, partindo do princípio da ação civilizadora da educação, torna-se evidente que a sociedade precisa apreender a distinguir que o comportamento moral é ligado a cultura,clima,religião e de modo não generalizado pode ser preconceituoso, entretanto, a ética excede a moral e tem um caráter universal onde a prioridade são valores humanos essenciais. Nessa perspectiva, para que seja possível diminuir o preconceito presente no Brasil contra os novos arranjos familiares, mostra-se necessária uma ação conjunta entre Estado e sociedade. Para tanto, cabe ao Ministério da Cultura em consonância com o Ministério da Educação o debate e a conscientização da temática, por meio da inclusão na grade curricular de matérias que fomentem a discussão racional , além propagandas informativas nas mais variadas mídias sociais. Ademais, é imprescindível que o terceiro setor, composto por indivíduos da sociedade, a propagação de bons valores em detrimento do preconceito.