Título da redação:

Estrutura familiar e preconceito

Tema de redação: Evolução do conceito de família

Redação enviada em 31/03/2016

Mães e pais solteiros, filhos adotivos, casais homo afetivos ou sem filhos. É fato que novos arranjos configuram a família brasileira. Embora estes novos moldes sejam tão validos quanto o patriarcal existente desde a Antiguidade Clássica, o conservadorismo e o preconceitos atrapalham o reconhecimentos desses novos padrões, o que prejudica o desenvolvimento social. Apesar da pluralidade social contemporânea, o conservadorismo continua potencial na sociedade. O preconceito é justificado pela religião, através de discursos que insistem na ideia equivocada de que o único molde aceitável é o fundamentado no Cristianismo – a despeito das relações de afeto e respeito existentes em outros moldes. Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que reconhece apenas a união homem e mulher, e uma enquete do site da Câmara mostrou que 53% das pessoas concordaram com a medida. Essa pesquisa demonstra o quão preocupante é a situação brasileira em relação ao preconceito, afinal, em um país diverso como o Brasil, esse pensamento é contraditório. Alem disso, a nova posição da mulher na sociedade e os impactos decorrentes dessa mudança na estrutura familiar causa certo estranhamento. Enquanto algumas preferem não ter filhos, outras assumem a chefia das famílias ou são mães solteiras. Apesar do descontentamento dos patriarcalistas, é inegável que há fundamento nessas escolhas. Afinal, ainda há políticos- como Jair Bolsonaro – e civis que defendem menores salários para mulheres pois essas engravidam. Enquanto persistirem tais pensamentos machistas, mais mulheres terão menos - ou nenhum- filhos. A realidade atual da família encontra, portanto, obstáculos culturais e políticos. O preconceito é um deles e, em seu combate, é fundamental a educação das crianças, para assim evitar adultos intolerantes. Para tal, matérias como sociologia devem ser mais valorizadas nas escolas. Além disso, casos de discriminação devem ser punidos, através de maiores penas. Quanto à questão feminina, a política deve facilitar o desenvolvimento das mulheres, e não o contrário. Assim, as várias configurações de família serão respeitadas como merecem.