As diversas formas de se constituir uma família é a causa de conflitos ideológicos na sociedade. E, o que agrava tal situação é a falta de compreensão das pessoas com relação aos relacionamentos homoafetivos, cada vez mais frequentes. Porém, é necessário repassar a elas o verdadeiro significado de um núcleo familiar, o qual depende de amor e dedicação e não de questões sexuais. No entanto, o casamento gay ainda é visto com certo menosprezo e desrespeito, principalmente. Mesmo que muitos países, como a Holanda e França, tenham legalizado tal união, outros têm sua população centrada na visão tradicional de família, sendo difícil a aceitação de relacionamentos homossexuais. Assim, o medo de uma desestruturação de um modelo familiar predominante- que é pai e mãe- é a principal causa de preconceitos e violência moral e física contra os homossexuais. Não foi por acaso que eles foram considerados os culpados de alastrar a Aids nos anos 80, ou que eram julgados hereges durante a Idade Média. Dessa forma, a ausência de valores e respeito impede esse tipo de união. Por isso, não se considera que gays tenham a mesma capacidade que um casal comum de criar uma criança. Contudo, não é o sexo dos pais o responsável pela estrutura psicológica e social dos filhos. Se fosse assim, todos os adolescentes, criados por um homem e uma mulher, exerceriam a cidadania sem transtornos. Mas não é o que acontece. Cada vez mais, jovens se envolvem com drogas e álcool, tornando-se prepotentes e irresponsáveis. Então, o que molda o caráter de crianças e adultos são construções de valores, afeto e dignidade. Portanto, um casal homossexual pode educar e estabelecer regras, a ponto de construir uma família. A sociedade deve ser educada para aceitar as plurais formas de união. Para isso, o Estado, a Igreja e a escola devem estabelecer dogmas direcionados ao respeito e à tolerância. Assim, é preciso dar oportunidades para que os diversos tipos de núcleos familiares tenham oportunidades de oferecer afeto, amor e estrutura a seus filhos.