O conceito de família vai muito além da união entre um homem e uma mulher. A maior parte da população considera certo apenas a união conjugal entre pessoas do sexo oposto. A ideia da família tradicional ainda é forte, fazendo com que o preconceito e a descriminação se tornem frequentes, porém, novos conceitos de família ganharam força nos últimos anos, quebrando tabus e crescendo a formação de novas famílias. Recentemente, a Câmara dos Deputados ressuscitou um polêmico projeto denominado “Estatuto da Família”, que legitima apenas a união entre homem e mulher. Uma enquete do portal da Câmara mostrou que 53% das pessoas concordam com essa definição. Embora muito já se tenha conquistado, para uma parcela representativa da população, o modelo tradicional é o que representa a família brasileira. Isso mostra o quão desafiador é um casal diferente do modelo tradicional assumir seu relacionamento e defender seu conceito de família. Crianças que tem famílias fora do ''convencional'' sofrem diversos casos de preconceito e até mesmo violência nas escolas. Adultos que assumem ter relacionamento conjugal fora do que é considerado certo e normal, lidam com diversas dificuldades no dia a dia, seja no trabalho ou até mesmo dentro da sua própria família. Não dever existir certo ou errado quando se trata de amor, carinho e compaixão. Família não se restringe a raça, cor ou sexo, todo tipo de afeto e amor deve ser considerado válido e certo. Diante disso, torna-se evidente, portanto, que não existe família errada, desde que haja amor e afeto. A escola, enquanto instituição socializadora, deve apoiar essa nova fase, propagando a tolerância e o respeito, ensinando que não há certo ou errado quando se trata de amor. Cabe ao governo a criação de punições mais severas aos casos de intolerância. As novas configurações de famílias não podem ser ocultadas, porque família não é tudo igual, o que muda é muito mais que o endereço.