Título da redação:

As multifárias da família brasileira

Proposta: Evolução do conceito de família

Redação enviada em 04/06/2015

A ideia da família tradicional brasileira tem perdido sua expressão na sociedade contemporânea. A concepção de um núcleo formado por “papai, mamãe e titia” parece ter ficado na música dos titãs e assim, as novas faces começam a surgir. Dessa forma, nota-se que nesses novos agrupamentos, não só as mulheres tem se destacado assumindo um papel ativo e participativo, mas o amor vem transcendendo os gêneros biológicos, atribuindo diversidade aos novos ideais familiares. Diferentemente do passado, a mulher nunca teve tanta notoriedade como no Século XXI. Hoje, através de uma árdua trajetória que visa à equidade entre gêneros, a mulher não só ingressou no mercado de trabalho, como também ganhou voz no plano econômico e educacional do lar. Inclusive, algumas famílias são destituídas de um seio paternal, nas quais a mulher busca assumir uma identidade de “mãe e pai”. Entretanto, essas posturas são relativamente novas e certamente assustam grupos mais conservadores que atribuem ao homem todos os deveres e responsabilidades no campo familiar, sendo um empecilho para que esse paradigma seja rompido de forma definitiva na sociedade. No contexto de diversificação familiar, a união homoafetiva tem sido um alvo de forte debate. A ideia de um relacionamento com uma pessoa do mesmo sexo não assusta apenas pelos fatos biológicos, mas principalmente devido a conceitos moralistas preexistentes. Os principais meios de comunicação têm buscado romper com esse preconceito através de comerciais, cenas e reportagens sutis e buscam retratar esse novo modelo familiar com naturalidade. Afinal, se o conceito de união deriva do amor, deve-se ter em mente que não existem limitações para ele. A participação dos canais de massa é de grande importância para as multifárias da família brasileira, uma vez que a mídia tem um papel fundamental na formação críticas dos indivíduos. Em suma, a família brasileira tem ganhado uma grande diversidade, em que o ideal de “lar” não deve ser singularizado, mas pluralizado de forma progressiva nos contextos sociais. Através da mídia como formadora de opinião e de ações políticas que visem garantir a equidade e o respeito entre as diversas formas de núcleo familiar, o preconceito será cada vez menos expressivo e a errônea ideia de tradicional será modificada para um conceito mais verossímil com a realidade do país.