Família é um núcleo que transcende traços biológicos e atinge esferas tipicamente sociais, assumindo o papel de instituição, cuja função primordial na síntese coletiva é a formação de indivíduos. Neste sentido, entender o conceito de família é muito mais do que estabelecer uma regra para a formação desta, mas sim compreender as constantes metamorfoses pelas quais esta instituição social constantemente esta sujeita. Na contemporaneidade um "modelo" se faz cada vez mais desnecessário. Isso é um reflexo das intensas mudanças na estrutura social. Aquele antigo molde : um homem uma mulher e sua prole; representa muito mais uma mentalidade mais conservadora e tradicional do que a que vivemos hoje, claro que não de forma unanime, pois essa formação ainda persiste, mas tem de conviver com outras não tão convencionais, tais como casais homossexuais e seus filhos ou mães e pais solteiros. Se nos nortearmos pelo conceito provido na revolução Francesa de Igualdade, Liberdade e Fraternidade , o direito de constituir um núcleo familiar não deve ser restrito, assim como no código civil brasileiro, que de maneira abrangente classifica a família como uma relação de afetividade entre determinados pessoas. Mediante a isto, é crucial que a ideia de isonomia seja propagada na sociedade, seja através da mídia que possui seu papel neste cenário, ou os próprios órgão governamentais, garantindo os direitos legais aos indivíduos sem julgá-los pelo "tipo" de clã ao qual venham a pertencer. Se conseguirmos perpetuar esses ideais não estaremos ferindo as tradições, mas apenas contribuindo para um processo natural de transformação que concordemos ou não, ele continuará acontecendo. Afinal, opiniões mudam, pessoas mudam e consequentemente as formas pelas quais elas se relacionam também mudam.